quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

26/02/2014 - Nove dias depois...

E lá estava eu, sentada na cadeira do psiquiatra.
Exatamente nove dias depois do post em que comentei que marcara a consulta. Confesso que ontem me sentia meio idiota por precisar acordar cedo no outro dia pra ir ao psiquiatra. Já estava me sentindo melhor, não?
Mas quando cheguei e sentei, e um simpático e distinto senhor me perguntou qual era o problema, percebi que o problema estava lá e não tinha arredado nem um pouco o pé.
-Bem... - nem sabia o que dizer. Eram tantas coisas. Resolvi começar pelo básico - Eu estava noiva, com a casa entregue. Daí, meu noivo terminou comigo e...
E eu comecei a chorar. Lógico. Em que planeta eu poderia esperar que falaria sobre o assunto sem desaguar? Mas algo que ele disse me fez parar. "Bom, é lógico que você está triste. Não é por menos."

Não é por menos. Que bom! Alguém parecia entender e perceber que uma dor de amor não é pouca coisa. Eu já tinha me chicoteado demais pensando que eu estava triste por bobagem, com tantas pessoas no mundo sendo torturadas, abusadas, tendo a família toda assassinada ou passando fome. Mas achar que minha dor deveria ser menor não fazia dela algo menor. Só adicionava uma boa dose de culpa e chicoteamento, coisa que eu realmente não preciso. E um dia li , em algum ligar, que a pior dor é a que estamos sentindo. Então, que tal eu ser menos intransigente comigo mesma?

Saí do consultório com uma boa sensação de que aquele médico vai me ajudar. E três caixas de antidepressivo.


O desenho não parece nem comigo nem com o psiquiatra, mas tá valendo. Pelo menos é uma cadeira, não um divã.

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