sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

30/01/2014 - PERSONAS (non gratas)

Todo mundo que já tentou superar um término sabe que, às vezes, fazemos coisas que depois nos fazem pensar "Nossa, essa não sou eu". Ontem, um professor meu falou algo que ficou na minha cabeça: "Quando você faz algo desse tipo, você realmente não é você. Você está se distanciando do seu espírito".

Pois é: EU NÃO SOU ASSIM. Meu espírito não é essa coisa carente e desesperada que eu ando sendo nesses últimos meses. Por isso resolvi listar as personas que, às vezes, invadem meu cérebro. E que definitivamente não são bem-vindas. 

A TRÁGICA: Ele acabou de pegar o celular. Está falando com uma outra mulher, tenho certeza!! Deve estar planejando alguma coisa com ela, tenho certeza. Oh, eles vão estar casados e com três filhos na semana que vem, tenho certezaaaa!!!

A CHORONA: ... BUÁÁÁÁAÁÁÁÁÁÁ!! ...Mas ele, a gente... BUÁÁÁÁÁÁÁAÁÁÁ!! Snif. Snif. Eu acho.... eu... BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁ

A NOSTÁLGICA: Ahhh, lembra o começo do namoro? Que lindo... E quando ele te deu flores? Lembra aquela surpresa? E quando vocês viajaram pra Minas? Ai, lembra quando ele arrotou? Ai... (suspiro)

A RAIVOSA: Grrrrrrrrrrrrrr! Eu vou matar, eu juro que vou!!! Vou estrangular, vou massacrar, vou triturar o infeliz! Não vou dar um tiro, senão ele morre muito rápido. Preciso de algum instrumento de tortura medieval. Eu vou mataaaaaaar!!!! 

A INCRÉDULA: Eu não acredito que ele tenha feito isso comigo!!!! Não acredito!!! Como ele pôde? Não, deve ter alguma explicação pra isso, não é possível. Eu não acreditoooo!

A TEIMOSA: Eu quero ele, eu quero ele, eu quero ele!! Não importa que ele é um imbecil, não importa se ele terminou comigo! Não importa se ele não gostar mais de mim, ele vai voltar a gostar, porque eu quero! Eu quero ele, eu quero ele, eu quero ele!!

A VIDENTE DO PESSIMISMO: Eu nunca mais vou encontrar alguém como ele. Nunca. Vou virar uma velha triste, pensando no meu grande amor, que eu perdi por besteira. É isso. Minha sina é perder o amor da minha vida.

A NINFOMANÍACA: Ok, não vamos voltar. Mas será que não podíamos só fazer sexo?? Poxa, o sexo era tão bom! Só uma noite. Ou talvez não apenas uma noite, mas de vez em quando, sexo casual. Não?

A CARENTE: Não, eu só quero o abraço. O cafuné. O cheiro do pescoço, vai. Será que nenhum perfumista pode pegar o cheiro dele e fazer um frasco pra mim?? 

Enquanto isso...

EU MESMA: Pelo amor de anjos e demônios, calem a boca!!! Saiam daqui, todas vocês!! A cabeça é minha, bando de loucas! 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

29/01/2014 - Flores carnívoras para a senhorita!



Com a resolução de ontem, eu estava decidida a não  me deixar mais abater. E consegui! Fiquei o dia inteiro mais forte do que costumo ser, focada em esquecer, pensando em mim e apenas em mim.
Eis que, no meio da tarde, chega um cara com 2 buquês de flores. Os buquês não eram pra mim, óbvio. Não estamos em nenhuma comédia romântica onde eu receberia flores do meu ex, ou onde eu resolveria sair do país e ele iria correndo atrás de mim no aeroporto.

As flores eram pra duas moças do trabalho, dos namorados. Daí, levei um tapa na cara, com a memória de uma lembrança não muito antiga: dois meses antes de terminarmos, eu recebi um buquê enorme no meu trabalho, do meu namorado, com uma declaração maravilhosa... Hoje, o trabalho é outro, o namorado é ex, e as flores já estão decompostas.

Meu Deus, como as coisas podem ser assim?? Levantei da minha cadeira, com elegância, e fui até o banheiro botar um pouco de água pra fora dos olhos. Puta dor-de-cotovelo! Não queria sentir inveja das moças, mas aquelas flores me morderam como se fossem plantas carnívoras, machucando a parte do meu cérebro que estava até agora sendo racional e decente, e deixando intacta apenas a parte que se lembrava do dia que ganhei flores dele.

-Vamos parar de palhaçada? - voltou a berrar a parte racional, que estava bem mordida pelas plantas, mas ainda vivia - O que você quer? Um cara que te enche de flores e declarações lindas, e depois termina com você? Ou um cara que não dê flores, mas continua com você?

Enxuguei a cara e voltei pra minha mesa. Plantas carnívoras só comem insetos. E eu não sou um inseto.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

28/01/2014 - Don't let me get me!!!

Chega de autopiedade, não aguento mais! Tadinha de mim, por ter que escutar minha pena de mim mesma o tempo todo! (essa frase é um paradoxo interessante...)

Eu já parei de falar com os meus amigos sobre minha obsessão pelo meu ex. Por quê? Porque senão eu perdia os amigos. Porque eu estou IN-SU-POR-TÁ-VEL!!!

Quem aguenta uma pessoa choramingando por causa do término do namoro 24 horas por dia? Pois é, nem eu!! Sorte dos meus amigos que eu pude optar por parar de encher seus ouvidos e cabeças com essa ladainha sem fim. E azar meu, que sou obrigada a ainda ficar aguentando a mim mesma. Na hora, lembrei de uma frase de uma música da Pink: "I don't wanna be my friend no more". Se eu pudesse escolher, deixaria de ser minha amiga e sairia correndo pra um lugar onde eu nunca mais pudesse me achar.

Chega disso, para tudo! Que dramalhão grego que eu estou fazendo dessa situação!! (olha a Grécia aí de novo...). Se acabou, acabou! E se eu vou ser obrigada a vê-lo, hoje, vou levantar o queixo e encher minha cabeça de PENSAMENTOS POSITIVOS. Porque a gente pode, sim, escolher no que pensar! Lá vão eles:

-Você quis assim, meu bem. Se não deu valor ao que a gente tinha, é uma pena. E problema seu.
-Você é bonitinho, mas estou supervalorizando seus atributos. A partir de hoje, você é feito de algum material que meus olhos não são capazes de captar.
- Não vou te esquecer, porque não sou retardada, e nem bati a cabeça numa pedra. E, graças a Deus, tenho uma boa memória. Então, vou lembrar de tudo de lindo que vivemos, assim como vou lembrar que você desistiu de mim DUAS vezes. E vou superar. 

É isso. Ufa.






segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

27/01/2014 - Teimosia letal!!!

Ah, eu tava indo muito bem pra ser verdade. Já estava até pensando mais na Grécia do que nele. Daí veio o encontro profissional que eu tenho às vezes, onde preciso vê-lo... E FERROU TUDO! Sério, cheguei na seguinte conclusão com relação aos estados emocionais da superação: ficar com raiva é bom, porque dá força; ficar triste é ruim, porque enfraquece. Mas o pior deles é: FICAR TEIMOSA!!!

Minha mãe sempre me disse que sou teimosa. Mas mães dizem isso, né? Aos poucos, durante a minha vida, fui percebendo que ela tem razão. Minha teimosia em insistir até a última gota me fez ter muito sucesso, até hoje. Consegui feitos muito bons, para uma moça de pouca idade, por me esforçar em coisas que todo mundo dizia que eram impossíveis ou que não valiam a pena. Por isso, nunca me ofendo quando me chamam de teimosa. Até que percebi que isso ainda vai me matar. :)

Vendo ele, eu não estava triste e muito menos com raiva. Estava teimosa. Era ele!! Sou eu!! Somos feitos pra ficar juntos, caralho!! E vamos ficar. Não importa que ele não queira, eu sei que ele me ama. Ele pode não querer agora, mas vai querer. Vou fazer ele querer! Não interessa o que ele fez, como me tratou. Ele vai se desculpar por tudo isso e lutar pelo meu amor. Por quê? Por que eu quero!!!

Daí vem a vozinha rouca da razão (rouca de tanto gritar comigo):
- Mas você não ia superar?

Ao inferno a superação! Eu não quero superar, nunca quis. Quero ficar com ele! Não quero deixar de amá-lo, quero amar e estar com ele, porque é assim que as coisas tem que ser!

- Você está desistindo de superar? Mas você está perdendo a chance de achar alguém melhor...

Ah, é? Quem? O Príncipe de Gales? Não quero porcaria de príncipe nenhum! Quero ele, quero ele, quero ele!!! (e começo a espernear como uma garota de 6 anos querendo uma barra de chocolate).

E então, eu tenho vontade de me pegar no colo com toda a gentileza de uma mãe, me virar de bruços... E BATER EM MIM ATÉ FICAR COM A BUNDA ROXA! Bater como nenhuma mãe de hoje em dia pode bater (pelo menos não uma mãe moralmente correta), com palmadas, chinelo, cinta, tudo que tenho direito, enquanto eu não parar de berrar pelo meu ex. Dar uma coça das boas, até a criança nunca mais ousar sequer pensar em querer aquele maldito chocolate branco com lindos cabelos lisos e olhos castanhos.

Ficar teimosa é muito perigoso! Posso por tudo a perder por causa da minha teimosia! Por que não posso querer ser teimosa pra superar, ao invés de ser teimosa pra ficar com ele?
Apesar da vontade, não posso espancar minha parte teimosa. Pelo menos não fisicamente. Porque todo o resto ficaria machucado junto, e aí sim eu seria taxada de louca que coloca a própria existência em risco.

Então, vou fazer como qualquer mãe inteligente (e moralmente correta, dos dias atuais) faz: vou deixar minha criança chorar e berrar até ficar com dor de garganta, enquanto faço cara de paisagem. Berra aí, fia! Pode berrar.






sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

23/01/2014 - Como a Grécia pode te ajudar!!!

Pra variar, acordei com saudades, triste, pensando em todas as coisas que eu falei e não devia ter falado, em todas as coisas que ele falou e que eu não queria ter escutado, e blábláblá...
CHEGA, NÉ? Já deu!  Foi então que, no meio de todos os pensamentos corriqueiros sobre minha dor, pensei em um coisa que nunca tinha pensando. Eu pensei na Grécia. E vou explicar pra vocês como a Grécia pode fazer a gente se sentir melhor (eu juro que ela pode!). Sigam meu raciocínio, garanto que vale a pena.

A Grécia tá numa pindaíba desde 2008, com todos os problemas econômicos. Vamos lá: eu tenho alguma culpa pela crise da Grécia? Por mais habilidosa que eu seja em achar que tenho culpa pelas coisas, uma coisa eu sei: não, não tenho culpa pela crise da Grécia. E eu tenho algum poder para ajudar a melhorar a crise? Naaahhh, não acho que tenho influência sobre a economia internacional. Então não, eu não posso fazer nada pelos gregos.
Agora, sinceramente, QUANTAS VEZES eu parei pra pensar sobre a crise da Grécia na minha vida?? Gente, eu sei que é uma situação horrível, com mais de 25% de desemprego e tal. Mas, me desculpa: eu não parei pra me preocupar com a Grécia nem um minuto da minha reles existência. E, pra ser sincera, desde que eu soube que o país estava em crise até hoje, quando tive a ideia desse post, ela me passou pela cabeça apenas duas vezes.

Agora vamos para o meu término de noivado!!! Uhuuu!  Eu tive alguma culpa com relação a isso? Olha, depois de ter me açoitado com todos os chicotes dos caras da Opus Dei, percebi que NÃO, EU NÃO TIVE CULPA. Lógico, uma coisa ou outra eu fiz errado, um relacionamento não acaba por causa de uma pessoa só. Mas eu juro que tentei de tudo! Eu implorei! Eu fiz planos pra melhorar as coisas, eu estava realmente a fim de tentar consertar tudo até meu último suspiro. Eu nunca quis terminar, em nenhuma das duas vezes. Então não, eu não tenho culpa por esse término.
Próxima pergunta: eu tenho algum poder para mudar o fato de que meu ex não quer mais estar comigo? E a resposta é NÃO de novo. Eu não fiquei mais feia, eu não deixei de ser carinhosa, eu continuava arrasando na cama. A verdade nua e crua é que ele deixou de querer ficar comigo, e eu não posso fazer nada. Nem se eu o sequestrasse e fizesse uma lobotomia nele, eu não teria controle sobre o sentimento dele. Ninguém tem.

Aí, chegamos onde quero chegar: se eu não tive culpa pelo término e se eu não posso mudar o fato dele não querer mais estar comigo, POR QUE EU DEVERIA PENSAR NISSO MAIS DO QUE EU PENSO NA CRISE ECONÔMICA DA GRÉCIA???

Ou seja: se eu não tenho culpa por uma situação, e não posso fazer nada pra mudá-la, eu não preciso pensar nela. Pois é. Mesmo porquê, a crise da Grécia afeta milhares de pessoas, enquanto o término de um namoro besta afeta só uma: eu, já que ele não parece estar afetado. Por isso, eu resolvo racionalmente não ficar pensando sobre meu ex no dia de hoje, porque simplesmente não faz sentido. E, se pensar, vou mudar o foco e pensar na Grécia. É isso. :)

Que Zeus nos dê forças pra pensar em coisas úteis!!!!!



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

22/01/2014 - Meninas também machucam

-Quer ir no cinema? - uma colega do trabalho me perguntou, ontem.
Aceitei de prontidão. Coisas pra me distrair que não causem transtornos são bem-vindas imediatamente. Mas, como já dito, o único gênero inofensivo para alguém que está superando o término de um namoro é terror. (vejam a explicação em "Cartas molhadas para Julieta")
- Não, não vejo filme de terror! - disse minha colega, assim que propus- Estou em dúvida entre três filmes. O primeiro é uma história de amor que...
- Amor?? Próximo!
- O segundo é sobre uma menina de 7 anos. Ela vai tentar juntar os pais que se separaram...
-Divórcio?? Próximo!
- O terceiro é sobre uma menina que descobre que é lésbica.
Parei pra analisar. Um drama pessoal de uma garota lésbica. Pareceu muito promissor! Afinal, é uma história legal e que não tem absolutamente nada a ver com meu coração partido por um homem. Aliás, com sorte nem teriam muitos homens no filme. Perfeito!
Uma hora e meia depois, eu estava na sala do cinema, tentando colocar o cabelo na cara pra minha colega não perceber que eu estava aos prantos!

PUTA QUE PARIU! Não é que a menina do filme se apaixona (por outra menina, claro) e depois de anos de relacionamento, elas terminam?? Daí, lá vai a protagonista passar por tudo que eu passei: chorar até o ranho do nariz escorrer (o que o filme mostra, aliás), não comer direito, chorar mais, tentar nadar no mar pra esquecer, chorar mais, marcar de ver a ex e continuar gostando dela.. E não superar, o que é pior!... Bem feito pra mim! Quem manda ter achado que só pelo fato de não envolver homens, a história do filme estaria segura das desilusões do amor? Chorei como maluca, e senti exatamente tudo que a pobre moça sentia, igualzinho. Com a única e besta diferença que, no meu caso, o ex tem um pênis.

NOTA MENTAL: Cortar amizade com pessoas que não vejam filmes de terror!!


A pobre Adèle, competindo comigo pra ver quem chora mais

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

21/01/2014 - Costelas quebradas

Foi hoje de manhã que eu percebi que estava decaindo. Estava no metrô, pensando que será impossível me satisfazer sexualmente se estou com repulsa de todos os homens da Terra. Daí pensei: "E se eu superar, mas chamar meu ex pra uma noite comigo? Só coisa física, nenhum envolvimento emocional?"

PÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉIIIIIIIIIIIIINNNNNNN! (esse foi o barulho de uma sirene que tocou dentro do meu cérebro). Ficou maluca???? Tomou alvejante???? Meu deus, alguém pega a garrafinha que ela leva na bolsa, colocaram chá de fita no lugar de chá verde!!

O mero pensamento de pedir pra transar com o Glasgow 3 é uma AFRONTA à moral e aos bons costumes! Imagine se ele aceita? A que tipo de objeto você tá se prestando?? Pior ainda: imagina se ele nega???? Foi assombrada por todos esses pensamentos que desci do metrô e fui pra uma livraria, comprar qualquer livro que me ajudasse a não ter mais essas ideias absurdas. Percebi que não estava me esforçando pra superar. Estava só choramingando como uma idiota, reclamando de tudo, e esperando que esse sentimento passasse sozinho. NÃO! Vou superar e ponto final!

Comprei o livro "Quando termina é porque acabou", e comecei a ler no mesmo instante, enquanto acabava o caminho até o trabalho. E tenho que transcrever uma frase: "Ter o coração partido é como ter as costelas fraturadas. Por fora, parece que não há nada de errado, mas dói até quando respiramos".

Pois é. E a escolha de engessar o corpo inteiro pra consertar essa merda é minha! E vou consertar!!



segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

20/01/2014 - Por que sair com o Cara Charmoso não foi tão bom assim

O Moço Charmoso queria almoçar comigo hoje de novo, mas eu disse que ia levar marmita e recusei. Eu sei, recusar convites de caras bonitos não parece ser uma boa tática de superação. E agora que paro pra pensar, é revoltante o fato do meu ex estar transando com metade de São Paulo, enquanto eu estou sem transar desde que terminamos.

Mas alguns fatores estão me desanimando para conversar com homens. Eu sei que isso vai parecer bem doentio, mas enquanto o Moço Charmoso era um cara sem nome nem voz (ou seja, só um moço charmoso que me olhou admirado), eu podia idealizar nele o que queria. Podia imaginá-lo sendo o príncipe de Gales, algo muito melhor que meu ex, algo acima dele. Mas quando sentei pra efetivamente almoçar com ele, e vi que ele tinha duas espinhas na bochecha direita e dentes meio amarelados, o encanto murchou um pouco.
Ok, ele é charmoso. E poxa, conversou comigo sobre Machado de Assis! Há quanto tempo um cara não fala de Machado comigo? (que frase estranha...)

A questão é: apesar de ter almoçado com ele, não sei o quanto isso é bom pra superar, uma vez que estou na fase de "qualquer defeito trivial de qualquer homem faz meu ex parecer ainda mais perfeito". Como se o Glasgow fosse um deus grego! Não é!!! Tem muita gente no meu círculo de amigos que o acham bem feio, na verdade. Mas eu, ahhh, eu não.  Nossa, eu acho que eu mataria uma velhinha só pra sentir um pouquinho o cheiro do pescoço dele.

ALERTA DE PATETICIDADE, ALERTA DE PATETICIDADE! Sim, é muuuuuito patético eu ficar me derretendo pelo Glasgow. É total cegueira, no mais fundo sentido da palavra!

O que eu deveria fazer, então?? Me forçar a sair com outros, mesmo tendo náuseas por notar cada imperfeição que faça o cara ser menos que Dionísio? Ou reconhecer meu luto, admitir um período de abstinência e, como uma freira, rezar que esse período passe, pra só sair com alguém quando tiver maturidade pra encarar uma alface no dente sem querer sair correndo?

OPINIÕES, POR FAVOR!!!!

20/01/2014 - "Cartas molhadas para Julieta" e Blue Monday

Segundo o psicólogo Cliff Arnall, do país de Gales, hoje é o dia mais triste do ano. Ele chegou à essa conclusão depois de uma análise matemática/metereológica/econômica. Bom, então eu posso ter a esperança de que, se eu não me matar até a meia noite, não o farei até o fim de 2014.

Depois de um fim de semana mais emotivo que a Lindinha das Meninas Super Poderosas com overdose de progesterona, minha segunda está morna. No sábado, estava vendo TV e acabei assistindo "Cartas para Julieta", que me fez ficar duas horas chorando copiosamente e do jeito mais escandaloso que consegui.

Quando vou entender que filmes românticos estão proibidos pra mim? Quando vou aceitar que o único gênero que não me faz chorar é terror? Sim, até comédia é perigosa... Primeiro, porque acabo não achando graça em nada. Daí começo a pensar "Qual é o problema comigoooo? Por que não estou dando risadaaa???", e caio em um choro de auto-piedade, sem parar pra analisar que talvez aquele filme seja uma bosta e eu não esteja rindo porque não tem graça e ponto final.

Chega. Vou rever "Invocação do Mal" que ganho mais.


sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

17/01/2014 - Sexta do consolo

Tive que ver meu ex, ontem.
Tive que vê-lo, por causa de um compromisso em comum que tivemos com um grupo de pessoas. E fiquei super bem. Estava normal, feliz. Daí voltei pra casa, dormi, sonhei com ele, e acordei PÉSSIMA! Acho que foi efeito retardado, só comecei a sentir o efeito dele sobre mim 12h depois.

Me disseram que sexta é dia do planeta vênus, planeta do amor, e que por isso eu fico mais sensível de sexta. Astrologia à parte, eu estava emotiva até o talo! Acho que cairia no choro se alguém me desse "bom dia". Cheguei no trabalho, ainda mais sensível que grávida de tpm (o que, parando pra pensar, é uma coisa que não existe, né?), e abri meu e-mail do blog. TINHA E-MAIL DE UMA LEITORA! Nossa, me fez tão bem poder dividir as dificuldades com ela, poder ficar triste por ela também, poder não me sentir sozinha... A coisa melhorou quando fui almoçar no restaurante que sempre como e... QUEM ESTAVA NA MESA AO LADO? ... pasmem: O MOÇO CHARMOSO DE TERNO, DE ONTEM!!

Só que ele não estava mais de terno. Tanto faz, era charmoso do mesmo jeito. Dei meu sorrisinho de moça do século 18 e sentei numa mesa. Ele saiu da mesa dele e veio perguntar se podia se sentar comigo (a dança típica dos animais:  a fêmea dá abertura, o macho se aproxima, e então!!!... e então eles começam a conversar sobre Machado de Assis ¬ ¬' ). Conhecer uma pessoa nova me ajudou ainda mais a superar a tristeza que sentia. Mas vou deixar a análise desse encontro com o Moço pra outro post.

OBRIGADA À MINHA LEITORA E AO MOÇO, POR TIRAREM UM POUCO DAS NUVENS DO DIA DE VÊNUS!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

16/01/2014 - De Patética a Sedutora em 60 segundos

Estava descendo as escadas do trabalho pra ir almoçar, e fui invadida por um desespero nostálgico. Queria a pele dele, o cheiro dele, a voz dele. Queria receber as flores que ele me dava, queria ouvir ele me chamando de nomes e apelidinhos que usávamos um com o outro, queria usar o colar que ele me deu no último Dia dos Namorados. Em apenas 2 lances de escadas, eu já estava precisando fazer uma força danada pra não estourar em um "BUÁÁÁÁÁÁ" gigante, que provavelmente atacaria o pobre porteiro como um enorme tsunami, assim que eu abrisse a porta da escada para sair do prédio. Coitado do Seu João, não tinha nada a ver com o assunto e ia morrer por causa de uma onda gigante de lágrimas.

Para poupar vida inocente, respirei fundo e não chorei. Saí do prédio, e na esquina estava o restaurante onde almoço. Duas casas antes do restaurante, um charmoso moço de terno estava parado (esperando o sinal pra atravessar?). Por algum motivo que não sei, olhei pra ele e disse um gracioso "boa tarde". Ele respondeu "boa tarde" numa voz grossa (ui!) e num tom surpreso. E atravessou a rua, enquanto eu ia pro restaurante, me olhando com interesse, enquanto eu sorria timidamente de volta, como uma donzela do século 18 que acabou de jogar o lenço no chão de propósito.

E, por esses segundos, não quis pele, nem cheiro, nem voz do meu ex. Preciosos segundos! Quanto tempo levou toda essa mudança emocional de "patética chorosa - simpática educada - donzela com lenço" para voltar ao "moça com fome indo almoçar"? Um minuto. Exatamente um minuto.

Sendo bem exagerada, ele lembrava um Colin Firth mais jovem e mais moreno. 

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

15/01/2014 - Mr. Big Horns!

Estava passeando pelos canais da TV, numa sessão de superação baseada no esquecimento (distração, TV, livros, revistas, gibis, coliseu romano, qualquer coisa que distraia). Daí, vi que estava começando o filme "Sex and the City 2". Resolvi ver, pois me alimentar de energias cosmopolitas e que inspiram a liberdade feminina é sempre bom, e eu nunca tinha visto o 2.

Minha reação quando o filme acaba: ... WTF??? Como é que é?? Em que país, planeta ou dimensão a mulher liga pro marido falando "Então, amor, sabe o que é? Encontrei meu ex-namorado aqui numa viagem com minhas amigas, saí pra jantar com ele e nos beijamos. Mas estou triste, viu?" e acaba RECEBENDO UM ANEL DE DIAMANTES DO MARIDO POR CAUSA DISSO????

Sério, será que o Mr. Big é um completo corno, ou os roteiristas estavam drogados? Dormi pensando nisso. Mesmo por quê, já eram 1h30 da manhã, e eu estava acordada vendo um filme fantasioso desses. Acordei cansada e saí sem um pingo de maquiagem na cara, pra ir correndo pro trabalho. Daí, minha chefe me chama pra ir almoçar com ela e com uns caras do trabalho com quem nunca falei, incluindo um cara lindo que eu adoraria ter como acompanhante pra esquecer meu ex. E eu estava com cara de travesseiro amassado, sem UM batom na bolsa pra me salvar.

Conclusão: o bonitão do trabalho, que poderia me ajudar a esquecer e sair dessa tristeza amarga que me encontro, prestou atenção em mim tanto quanto eu presto atenção na poeira da calçada!!! E tudo isso é culpa do corno-manso do Mr. Big de "Sex and the City"!


terça-feira, 14 de janeiro de 2014

14/01/2014 - Passando mosca por rinoceronte

Cá estou eu, em mais um dia de superação. E o óbvio ululante que eu cheguei para minha recuperação, no dia de hoje, é em como minha tendência ao exagero é o inferno na minha vida.

Ok, a Radioativa pode ser linda (atualizando: Radioativa é a suposta ficante do meu ex, por causa da cor do cabelo, e meu ex é o Glasgow 3, por ter esquecido tudo que sentia por mim com a rapidez de um corisco). Mas minha insegurança faz a menina ser até mais linda do que é. Já penso que ela é a beleza e a graça encarnadas, quando na verdade nem é tudo isso. Eu também sou linda! (e minha mãe não é a única a dizer isso). E se ela tiver outras qualidades, dane-se! Eu tenho várias! Eu sei... Eu sei tomar comprimidos sem precisar de água!
...

Nossa, eu sou a Macabéa!

Não, não sou Macabéa coisa nenhuma! Sou uma garota bonita e interessante. E muito exagerada. Na minha mente doentia, a Radioativa já está com o casamento marcado com o Glasgow 3. Vejo ele jurando amor eterno e cantando "Everlasting love" pra ela nos telhados de São Paulo, olhando no fundo dos olhos dela, que será o amor da vida dele e terá vários filhos radioativos com cabelos de cores absurdas. PARA TUDO!! Já te passou pela cabeça que ela pode NÃO SER o amor da vida dele? Que pode ser só uma ficada rasa? Lógico que não! Porque eu tenho uma tendência ao drama, e tudo tem que ser o fim do mundo!

E hoje, é isso que quero combater em mim. Essa mania de fazer toda mosca virar um rinoceronte. É uma coisinha sem importância, só um incômodo chatinho que faz barulho em volta da minha cabeça, mas que poderia muito bem ser esmagada pelo meu polegar ou acabar frita numa raquete elétrica. Mas eu transformo num animal gigante de presas enormes, que eu vejo correndo na minha direção como uma debandada que saiu do Jumanji. Chega, né?

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

13/01/2014 - Maldita casualidade

Eu definitivamente prefiro ficar brava do que ficar triste.
Quando fico brava, alguma energia me sobe até a cabeça e, apesar da minha vontade de matar, me sinto forte. Quando estou triste, alguma coisa incomoda muito: alguma coisa que fica entre a garganta e o umbigo. E, se eu soubesse o que é, eu arrancaria sem medo algum, fosse coração, estômago ou laringe.

Eu vi o Glasgow 3. Não tive nenhum ataque epilético, como achei que teria. Consegui ser casual.

O que eu disse:
- Bom dia.
O que eu queria dizer:
-Ahhh, que saudade! Do seu rosto, jeito, pele! Poxa, não te via faz tempo... Posso pular no seu pescoço??

O que eu disse:
- Mudou de emprego? Bacana.
O que eu queria dizer:
- Me conta mais!! Tá empolgado? Como estão seus planos, seus sonhos?? Conta tudo, quero fazer parte de cada um deles!

O que eu disse:
- Tchau.
O que eu queria dizer:
- Eu te amo.

E lá se vai eu chorar até transformar São Paulo na antiga Atlântida!
Parece que eu também tropecei, bati a cabeça e fiquei com glasgow 3, porque me esqueci de todo o mal que ele me fez. A única coisa que queria era a droga do abraço dele.

COMO EU SOU PATÉTICAAAAAAA!!!!

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

10/01/2014 - A alegria tem cor de jade

Passadas as tendências homicidas de ontem, hoje estou mais leve. Não sei como vou estar quando tiver que encarar o Glasgow 3 (tive falta de ar só de ver o nome dele aparecendo numa conversa de grupo na internet). Talvez eu tenha um ataque fulminante da próxima vez que ele chegar a menos de 10 metros de distância. E a Radioativa.... me recuso a falar sobre pessoas que têm cabelos que podem cegar alguém.

Eu estava emocionalmente razoável, depois de almoçar um prato bem colorido e saudável, quando olhei pra ela... E foi amor à primeira vista. "Ela", no caso, é uma bolsa de couro sintético verde-jade (tive que procurar uma tabela de cores no google pra saber que era verde-jade). Eu não sou muito de ligar pra bolsas e sapatos. Prefiro dar o foco pra roupa. Mas ela foi, assim, uma paixão estarrecedora, que por minutos superou minha crise pelo Glasgow 3. Tive que comprar, e saí da Galinha Morta com o queixo erguido, pensando em como uma mulher pode se fazer feliz comprando uma bolsa nova.

Daí percebi que, por mais idiota que isso possa parecer, foi algo excepcionalmente importante pra minha superação. Voltar a dar importância para coisas que só tem a ver comigo e com mais ninguém (e essa bolsa é A MINHA CARA!), ficar feliz com uma coisa boba (não que uma promoção de 50% de desconto em qualquer produto da Galinha Morta seja boba...) e me sentir uma personagem de "Sex and the City", ao invés de uma de "American Horror Story".


10/01/2014 - Personagens da trama!

E agora, vou colocar fotos de como eu acho que as pessoas se parecem, para vocês poderem imaginar.

GLASGOW 3:
Eu acho que meu ex lembra o Jim Carrey, e aos meus olhos é lindo. Mas todas as outras pessoas do mundo dizem que não é. O apelido é pelo fato de ele ter esquecido do nosso relacionamento da noite pro dia, o que provavelmente é um indício de problema neurológico.




RADIOATIVA:
Sem brincadeira, acho a Radioativa, nova ficante do meu ex, a cara da Ellen Roche. Só que com o cabelo de uma cor que lembra tungstênio aceso (não encontrei nenhuma foto com essa cor, pois cegaria os leitores). O apelido é exatamente por causa da cor do cabelo dela.

               


EUZINHA:
As pessoas dizem que me pareço com a Bella do Crepúsculo, apesar de eu achar que não tem absolutamente nada a ver. De qualquer forma, atualmente devo parecer um zumbi.

                

É isso, pessoal. Personagens da trama apresentados. Que abram as cortinas!


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

09/01/2014 - Tendências homicidas

Hoje, estou querendo matar. Matar a Radioativa (apelido que dei à menina com quem ele está, por causa da cor do cabelo, que com certeza é fruto de uma experiência envolvendo os genes do vagalume) e o Glasgow 3 (apelido que dei ao meu ex, pois ele deve ter escorregado e batido a cabeça com muita força, pra ter simplesmente perdido a consciência e virado outra pessoa).

Comecei a imaginar eles morrendo de câncer, devido à quantidade de amônia que ela usa na tinta do cabelo. Mas daí pensei que o mais legal seria eu mesmo matá-los. E a ideia de cometer duplo homicídio foi crescendo... Queria taaaanto acabar com aquele rosto tão lindo dela! Arrastar a cara pelo asfalto, arrancar aquele cabelo colorido (usando luvas, é claro... não quero morrer de câncer) e bater o olho dela na guia da rua! Depois eu iria arranhar o corpo inteiro até a pele dela ficar da mesma cor que o cabelo,  e depois talvez jogar uns ratos pra lamber o sangue enquanto ela grita até a morte. E ele? Ahhh, com ele seria algo mais profundo... Estrangular? Acho que sim. Sentir minhas mãos apertando em volta do pescoço dele, até o pomo-de-adão entrar entre meus metacarpos. E ficar olhando para os olhos lindos dele o tempo todo, sorrindo. Vendo os olhos dele se esbugalhando. Sentindo o último fluxo de ar passando pela garganta, e ter uma conversa olho no olho como um bom casal apaixonado, até ver a pele dele ficar azul.

Ahhh, que delícia! Mas então parei pra pensar em mim. O que EU ganho matando os dois? Vou ter que superar a perda do amor dele numa cela, ao invés de fazer isso no conforto do azul do meu quarto. Nada bom. E, apesar da felicitação sobre impedir que eles fiquem juntos, eu não vou poder ver quando eles se separassem (se é que isso acontecerá). Mas dane-se eles. Estava pensando em mim... Não me vejo muito bonita de uniforme verde, e a ideia de ter presidiárias dando em cima de mim também não é nada legal.

Ok, vou esquecer a ideia do assassinato. Por enquanto.




08/01/2014 - Recusando Malvino Salvador

Cheguei em casa e me atirei no sofá. Estava passando o filme "Qualquer gato vira-lata" na Globo. Apesar de todos os meus preconceitos com relação a comédias românticas (e ainda mais comédias românticas nacionais... nada contra filmes nacionais, o cinema brasileiro é bom. mas só no âmbito "Alto da Compadecida", "Cidade de Deus" e "Tropa de elite"), eu comecei a assistir.

E nos primeiros 5 minutos, estava completamente identificada com a personagem da Cléo Pires! Tendo levado um pé do namorado, ela dormia chorando, acordava chorando, socava o travesseiro, ficava com manchas escuras de rímel borrado por toda a cara... E que vontade de fazer como ela, e bater na cabeça do ex com uma sandália de salto fino!

Consegui dar boas gargalhadas e me senti amparada. O filme mostrava que não sou a única a passar por isso. Mas, infelizmente, não tenho um professor lindo pra me ajudar a reconquistar o ex-namorado, para no fim se apaixonar perdidamente por mim. Se bem que, no estado que eu estou, acho que agradeço aos deuses por não aparecer um Malvino Salvador para complicar ainda mais a minha cabeça. A última coisa que preciso agora é outro homem pra me confundir, me desequilibrar e fazer meu coração virar farofa. Porque é isso que vai acontecer se ele voltar a se quebrar. Vou soprar o pó de coração pra bem longe de qualquer espécime masculina. Sai daqui, Malvino!



"Como fiquei no começo" ou "Como chorar até os pulmões saírem"

Olás!
Antes de mais nada, conto pra vocês que já passei pela fase de surto. Na primeira vez que terminamos, eu acordava toda manhã vomitando ectoplasma - ou seja, com ânsia, vomitando, mas não saía nada. Tive ataques de pânico, vontade de morrer, vontade de matar. Tive que tirar 3 dias de folga do trabalho, dados pelo psiquiatra, e acabei sendo despedida (no mundo dos negócios, você não tem o direito de ficar triste).

Eu não chorava; eu uivava. Gemia de um jeito que parecia um filhote de porco vendo a mãe virar toucinho. Da segunda vez que terminamos, parei de uivar e fiquei soluçando sem emitir som, pois chega uma hora que a quantidade de ar que você gasta no soluço é muito maior que a quantidade de ar que você consegue respirar. Resumindo, achei que ia morrer afogada no meu próprio choro, literalmente.

Antes que digam que sou exagerada, falo abertamente que morro de vergonha por ter ficado tão mal assim por um término de noivado. Agora, estou aceitando e me permitindo sentir essa dor, mas no começo eu me odiava. Afinal, esse é o tipo de reação que você tem que ter quando, sei lá, alguém morre. Mas depois acabei percebendo que isso também é um luto.

Para quem acha que vai morrer de chorar, minha dica é: RESPIRE. Pode parecer bobo, mas, meu deus, como respirar é difícil quando se está chorando! E não se preocupe, não dá pra morrer de chorar. Uma hora seu corpo vai preferir respirar do que continuar jogando água pra fora como um hidrante estourado.

Um pouco da história...

Bom dia!
Bom, como disse no post anterior, não pretendo fazer um romance do tamanho dos Lusíadas pra explicar como foi minha história com o meu ex. Mas um pouquinho eu tenho que contar, senão vocês ficarão boiando. Basta saberem o seguinte: íamos nos casar, com casa alugada e tudo, pessoas ao redor foram contra, ele ficou em cima do muro e infernizado pelas pessoas, e terminou. Mas ainda nos amávamos, voltamos, e depois terminamos de novo. E se antes eu tinha esperança de volta, agora já tomei a decisão racional de que preciso esquecer, E É AÍ QUE A SUPERAÇÃO COMEÇA! Uhuuuu! (serpentinas e confetes).

É isso. Atualmente, tenho que vê-lo, pois temos compromissos em comum. E já tive que vê-lo com outra, o que fez meu coração quebrar em tantas partes, mas tantas partes, que acho que consegui descobrir o átomo do coração, a partícula menor e indivisível! Vou mandar um e-mail pra uns cientistas.

Bom, é isso. Agora, começa o diário. Vou contar pra vocês como estou no dia, e agradeço MUITO se vocês me derem dicas de superação e contem como foi a história de vocês.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

DIÁRIO DA SUPERAÇÃO

Olá!

Esse aqui é um diário de uma tentativa de superação amorosa. Uma das vantagens do nosso século é poder compartilhar coisas com milhares de pessoas, e enquanto a maioria do mundo quer compartilhar a ditadura da felicidade (olha como sou lindo, olha como sou alegre, olha como estou ótima com meu namorado, olha como estou ótima solteira, olha como fico linda cortando os pulsos), eu quero ser um pouco mais sincera e compartilhar uma dor. Sim, uma dor: pois uma dor compartilhada com o mundo todo talvez doa menos.

Vou manter minha identidade em segredo, pois (por mais contraditório que isso possa parecer) não quero me expor. Não tenho intenção nenhuma de gritar minha história aos quatro ventos, nem de me fazer de vítima ou suscitar pena por estar sofrendo por amor. Muito menos a pena das pessoas que eu conheço. Muito menos ainda a pena dele!! (Oh, Deus, que o mundo acabe em fogo no dia que ele sentir pena de mim... Melhor não falar isso, porque não vejo nenhum extintor por perto).

Meu objetivo é apenas contar pra vocês, seja vocês quem forem, como estou me saindo pra superar (agora que já decidir que é isso que tenho que fazer). Comentários sobre técnicas de superação, histórias, desabafos e solidariedade são bem vindos!

MUITO PRAZER!