quarta-feira, 23 de julho de 2014

23/07/2014 - O estado do meio

Estava sem saber como estava. Não me sinto feliz, mas também não estou triste.

No almoço, havia uma mesinha com livros para folhear, e peguei o livro "Osho todos os dias". Um livro com 365 meditações diárias. Abri em qualquer página, e parecia que o livro estava me falando exatamente o que precisava saber... Medo.

Resumindo, ele falava o seguinte: nós estamos acostumados a medir nossa felicidade com extremos - ou estamos extremamente felizes ou extremamente deprimidos. E esses dois pólos trazem a ansiedade e a angústia junto com eles. Quanto você está muito feliz, tem medo de que alguma coisa aconteça para te tirar desse estado, tem medo de algo destruir sua felicidade ou aquilo que está te deixando tão alegre. E quando você está no fundo do poço, fica ansioso e angustiado para sair dele.

Ou seja, o estado do meio (quando você não se sente nem feliz, nem triste) é uma benção, pois só ele é capaz de trazer essa calma, esse silêncio, essa pausa de ansiedade. Você não precisa ficar com medo de sair desse estado, nem ficar com medo de permanecer nele. Ele aconselhava a respeitar essa fase, a aproveitar essa pausa de sensações que ela oferece.

Agora, se você surtar e usar o estado do meio para ficar duplamente angustiado (ansioso para ficar melhor e ansioso para não piorar), daí... Bom, daí você é um caso perdido. >.<
Mas isso não foi o Osho que falou, fui eu mesma.






quarta-feira, 16 de julho de 2014

16/07/2014 - "Ninguém pode quebrar o que é tão inquebrável"

Cheguei em casa ontem e... estranho... senti uma vontade irresistível de dançar e cantar a música do seriado "Drake e Josh" freneticamente. Então, o que eu fiz?

Exato: dancei e cantei a música do seriado "Drake e Josh" freneticamente!!

E depois fui ver a letra e é incrível como ela falou tudo que eu estou sentindo e que preciso ouvir. Nunca tinha visto a tradução. Uma música bobinha, divertidinha... E, de repente, é o resumo do que eu quero sentir daqui pra frente.

É isso, pessoal! Vou colocar o vídeo com a letra, e desejo do fundo do coração que, por mais que você esteja com vontade de chorar, você consiga levantar e dançar!



Para dançar na superação!



terça-feira, 15 de julho de 2014

15/07/2014 - E o blog volta das cinzas...

Olá! Sim, eu sumi por dois meses, mas cá estou de volta!

Infelizmente não poderei escrever com a frequencia de antes, mas preciso continuar a superação.
Um dos motivos pelos quais eu "sumi" (apesar desse motivo não ter durado mais do que uns dias) foi porque o Glasgow 3 voltou, e eu achei que não precisava mais superar nada... hahahahahahaha

É gente, eles voltam. Infelizmente. Digo isso porque parecia que ele estava hiper arrependido e que me queria de volta, e passamos lindos dias no maior amor que o universo já viu. O problema é que foram lindos TRÊS dias! Um jantar, um cinema, alguns encontros românticos. E, de repente, ele novamente deve ter tropeçado no tapete do banheiro e batido a cabeça com uma força TÃO GRANDE que esqueceu que me ama. Pois é, alguém deveria tirar aquele tapete do banheiro da casa dele, alguém ainda vai morrer.
...
Peraí, minha ex-sogra toma banho no mesmo banheiro, né?...  DEIXEM O TAPETE AÍ!!!  NINGUÉM MEXE NO TAPETE! hahahahahahhaha

Bom, o fato de eu estar conseguindo gargalhar com a cena da minha ex-sogra tendo traumatismo craniano já mostra que estou muito melhor do que estava nas outras vezes que terminamos (sim, no plural, já que foram 3). Sim, eu chorei como se toda água do oceano tivesse encontrado um ralo para escorrer, e esse ralo eram meus olhos. Mas o bom é que chorei 1 dia. Dei umas choramingadas depois, mas agora parei. As lágrimas são salgadas, e eu não posso ficar desperdiçando sal assim. Tenho pressão baixa, esse sal é importante!

Agora, me sinto livre. Já tentei todas as coisas que poderia tentar, já insisti todas as vezes que poderia insistir. Ou seja, não terei mais o sentimento de "Ai, mas se a gente voltasse, tudo seria melhor...". Tá, só que não. Ou melhor, seria sim! Por três dias.

Esse post, então vem para falar sobre FÊNIX: porque meu ex-namorado voltou das cinzas (agora já morreu de novo, mas ok), porque EU voltei das cinzas (sou um filhotinho de fênix, ainda, tenho muito a aprender) e principalmente porque O BLOG VOLTOU DAS CINZAS!






segunda-feira, 5 de maio de 2014

05/05/2014- Você não é um ruminante!

Uma das coisas que mais perturba as pessoas que terminaram um relacionamento é o tempo livre. Quando nos vemos no primeiro fim de semana sem a agenda costumeira de visitar a família do namorado, ir no cinema com ele ou, sei lá, fazer vasos de argila com o amado escutando a trilha sonora de "Ghost", a gente surta.

Eu achei que ia surtar. O que raios eu vou fazer com o meu tempo, agora? Mas o segredo pra te salvar de vários fins de semana deitada na cama chorando é muito simples: PREENCHA SUA AGENDA!!

Não me interessa com o quê, mas preencha! Vá ajudar sua amiga a comprar vestido, escove seu gato, arrume o guarda-roupa, vá num asilo conversar com velhinhos que estão cheios de histórias pra contar e sem netos pra ouvir, vá numa ONG de animaizinhos de rua ajudar numa feira de adoção (ou adote um bichinho, são companheiros maravilhosos e gratos), varra a casa, varra o quintal, varra a rua! Não deixe um tempo vago nessa sua cabecinha pra ficar choramingando sobre seu relacionamento fracassado. 

Sabe por quê? Porque essa fase já passou. Você já remoeu e voltou a remoer todos os pontos do término, todas as perguntas sem resposta, todas as linhas soltas que culminaram no desastre emocional da separação. Agora chega, né? Você não é uma vaca que fica ruminando grama já mastigada (eu sei, que nojento!).

Aceite que vão ter perguntas que você não conseguirá responder (como "Por que ele me deu uma aliança de diamante marciano se ele queria terminar comigo?" ou coisa parecida). Aceite que vão ter coisas que você nunca vai entender. Aceite que ficar pensando sobre isso de novo e de novo não vai mudar nada nem fazer você sacar o que aconteceu na cabela dele. Aceite, e volte sua atenção para a nova decoração da sua sala, ou para a sua hidratação no cabelo, ou para suas novas aulas de saxofone, e etc.

O ditado perfeito para essa fase é: "Mente vazia, oficina do diabo". Ache alguma coisa pra fazer agora mesmo!!



terça-feira, 29 de abril de 2014

29/04/2014 - Casos casuais

Estou lendo muito, e fazendo tudo que eu puder pra melhorar. E estou melhorando! Ainda fico balançada quando o vejo, ainda tenho raiva, ainda tenho saudade... Mas já não choro, não tenho aquela dor absurda no peito. Até o kiwi da garganta sumiu.

Fico percebendo o quanto ele foi idiota, na verdade. E o quanto eu posso ter me livrado de um baita problema. Imagine se tivéssemos mesmo nos casado? Imagine se ele resolvesse mostrar o quanto é volúvel e maluco depois que eu já tivesse uma criança na barriga? Sim, podia ter sido bem pior.

Lógico que isso não impede que o meu próximo relacionamento também não seja um bestão, e que o pai dos meus filhos não vá ser um idiota maior que pode me trair com a empregada. O fato de ter me livrado de um idiota não impede que eu conheça outro idiota. Então agora é a fase para me curar de qualquer trauma que atraia gente problemática.

Mesmo porque, eu não ando conseguindo me atrair nem gostar de absolutamente ninguém. Voltei a saber como é ter casos casuais que, apesar de serem simpáticos, bonitos e legaizinhos, não me fariam derrubar uma única lágrima se sumissem do mapa. Aliás, eu até gostaria que alguns deles sumissem. Facilitaria para não precisar inventar tantas desculpas pra não sair com eles. É bem estranho... estou me relacionamento com garotos que se chegassem e me dissessem "Conheci uma loira e vou casar com ela", me fariam abrir um enorme sorriso sincero e desejar apenas que ele guarde um bem-casado da festa para eu comer.

Adoro bem-casado.


quarta-feira, 23 de abril de 2014

23/04/2014 - Kiwi na garganta

Ele se despediu de mim como se eu fosse uma colega que nunca tinha tido absolutamente nada com ele. Como se eu nunca tivesse dormido noites e noites abraçada com ele, como se eu não soubesse detalhadamente o gosto de cada centímetro do corpo dele, como se ele nunca tivesse me pedido para passar todos os dias da vida ao lado dele. E foi assim que eu saí do último projeto que tínhamos em comum.

Se me perguntassem onde dói, eu responderia "Na garganta". Porque é verdade: é na garganta que eu estou sentindo a dor. Não é uma dor de garganta de gripe, inflamação ou nada parecido. É mais um bloqueio. É uma dor como se eu tivesse acabado de engolir um kiwi inteiro sem mastigar. Sem mastigar e sem tirar a casca. 

Um bolo preso que não desce e nem sobe, só fica lá obstruindo tudo e fazendo  água brotar dos meus olhos, não importa a força que eu faça. Céus, como eu queria vomitar isso.
Eu sei que fiz a coisa certa. Estou me esforçando pra melhorar, estou tomando o caminho certo. Mas poxa, quando eu penso que finalmente vai ficar menos dolorido, de repente surge esse kiwi, só porque o Glasgow parece se importar comigo tanto quanto com uma lesma num muro.

Acho que a coisa vai ficar feia. Porque eu nunca vi uma lesma engolindo um kiwi.


terça-feira, 15 de abril de 2014

15/04/2014 - Dor de amor é como tosse de fim de gripe!

Continuando a linha de comparações bizarras! Acredite, vou chegar a uma conclusão construtiva e útil no final disso aqui! ;)

Então, percebi que estou estranha... Sei lá. Não vejo meu ex com a mesma frequência (pois saí dos projetos), e isso é bom. Talvez eu volte a ficar balançada quando tiver de ver ele, então não vou fazer como da outra vez e gritar aos ventos que já superei. Eu me conheço o suficiente pra saber que vai voltar a doer, depois vai passar, daí vai voltar de novo, e depois passar... Até um belo dia em que eu perceber que faz muito tempo que não volta!!

É como aquela tosse persistente chata de fim de gripe. Ou, se quiser um exemplo que pareça mais com a intensidade do que eu sentia/sinto pelo meu ex, eu diria que era uma pneumonia ou tuberculose. Mas enfim... Sabe quando você sara, mas a bendita tosse fica te enchendo o saco, e parece que vai durar pra sempre? Quando você finalmente acha que sarou, lá vem uma crise de tosse brava no meio de um discurso de uma reunião do trabalho, ou quando você está tentando falar ao telefone. Você vai em médico, toma xarope, mel, tudo que pode. E passa. Mas do nada a tosse volta de novo, cada vez mais seca e chata. Até que você desiste, e aceita que sua vida é essa agora: você vai tossir pro resto da sua existência. E nem é tão ruim assim, não é? Uma crise de tosse de vez em quando. Não é como se você perdesse o braço ou sei lá. Então ok.

Daí, depois de um bom tempo, quando você está distraidamente vendo TV e passa uma propaganda de Vick Vaporub com uma criança tossindo de um jeito bem falso, você do nada se lembra. "Nossa, e minha tosse? Faz tempo que não aparece, né? Quando foi a última vez que tossi?... É, acho que sarei."

E é verdade, VOCÊ SAROU! É o mesmo com um relacionamento que acabou. Então, minha dica de hoje é: TENHA PACIÊNCIA COM SEU CORAÇÃO. Assim como nosso corpo demora pra melhorar de uma tosse persistente, seu coração também precisa de um tempo pra se curar da ferida de ter sido partido. E por mais que você queira que ele conserte em tempo recorde, não é assim que funciona. Ele vai demorar o tempo que precisar, e você pode no máximo ajudar com pequenas coisas. Com a gripe, você vai ter que aceitar que vai precisar evitar sair no frio, evitar tomar gelado, evitar pisar no chão descalça. E que também precisa tomar mais água, suco de laranja, usar meias e se agasalhar bem.

Para a síndrome do coração partido, é preciso evitar ficar vendo o ex-namorado o tempo todo. Evitar ficar olhando as redes sociais dele, evitar ficar remoendo a dor. E é bom tomar um banho de loja bem gostoso, hidratar o cabelo e sair com as amigas, esse tipo de coisa.

Suco de laranja também deve ajudar, sempre ajuda em tudo.

Acredite: demora, mas passa.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

09/04/2014 - Deixar de amar é como se depilar...

Fiquei 5 dias sem escrever, por um bom motivo: estava AGINDO, pela primeira vez nessa história ridícula de superar meu ex! Pois é. Foi bem difícil, mas não impossível! E estou aqui pra falar pra vocês que SIM, A GENTE PODE FAZER AS COISAS CERTAS, MENINAS!

É um pouco parecido com puxar o papel com a cera, na depilação. Você sabe que vai doer. Puta que pariu, você sabe que vai doer MUITO! Mas você decidiu fazer sua própria depilação, não decidiu? Não tem mais ninguém pra puxar a porcaria da cera, além de você mesma, certo? E você também sabe que depois de doer, depois de você xingar todas as gerações da pessoa que inventou esse lance de depilação, depois de odiar até as abelhas por simplesmente terem alguma coisa a ver com a palavra "cera", depois de tudo isso você vai olhar para a sua perna e ver que... nossa... ficou legal! Ficou bem legal! Está lisinha, charmosa, e agora eu posso colocar aquela saia nova.

Pois é exatamente assim que dar os primeiros passos da superação é. Dá muito medo, vai doer, mas é só fechar os olhos e puxar bem rápido. Por exemplo: deixar de ir aos mesmos lugares, ter os mesmos amigos ou participar dos mesmos grupos que seu ex participa. Eu estava em 4 projetos com meu ex-namorado, e relutava com força a sair dos projetos. Inventava todo o tipo de desculpa: "Ah, eu não vou deixar um grupo que eu gosto por causa dele", "Ah, ele que se acostume a me ver por lá", e blábláblá. Nos momentos mais sinceros, eu admitia pra mim que ficar nos projetos era um meio de fazer com que ele me visse e, quem sabe, brotasse alguma saudade ou arrependimento no coração dele. Tudo baboseira, gente. Podia até ser que isso realmente mexesse com ele. E aí? Eu ia querer voltar com um louco varrido? Que aliás já está namorando (não sei se é esse o nome que eles usam) com a Radioativa?

Não. Por isso, eu saí dos projetos. Nossa, que difícil!!!!! Eu me via lá, olhando para o "papel da cera", pensando "Ai, agora eu tenho que falar que vou sair..." e não tendo coragem. Até que eu tive. E puxei. Falei a todos "Gente, vou precisar sair dos projetos". Dei uma mensagem de despedida e saí do grupo do whatsapp também. E doeu. Puta merda, como doeu! Eu fiquei procurando qualquer brilho nos olhos dele que mostrasse que ele não queria que eu saísse. Fiquei esperando que aparecesse alguma mensagem dele falando sobre minha saída, no whatsapp. E ficou doendo, doendo, doendo... E passou. Estou livre. Livre de ver ele a semana inteira. O alívio que eu senti depois não pode ser medido com palavras!

De verdade, façam isso!! Tenham coragem!! Diga ao seu grupo de amigos em comum com ele que anda muito ocupada e que não pode sair com eles (e arranje novos amigos nessa fase). Peça demissão do trabalho que você faz com ele. Coma em um restaurante que ele não vai. Saia de tudo que tem a ver com ele. Puxe a droga da cera!

Eu sei que isso foi só o começo. Um pedacinho pequeno da minha perna que agora está liso e bonito. Eu ainda vou precisar de muita coragem e muita dor pra acabar a depilação da perna inteira. Mas quando isso acontecer... Ahhhh, moleque! Quando isso acontecer, ninguém me segura! Vou colocar minha saia nova e sair desfilando pela rua, com as pernas mais lindas que algum dia alguém possa ver.




sexta-feira, 4 de abril de 2014

04/04/2014 - A voz debochada

Talvez seja efeito do novo remédio que o psiquiatra me passou, ou talvez seja só placebo. Mas estou me sentindo razoavelmente melhor. Acho que o certo é "conformada", ou "resignada", se quisermos uma palavra mais bonita.

Hoje, me lembrei de um momento de muita alegria, bem no começo do namoro. E minha boca esboçou um sorriso. Fiquei com saudades, mas aí então uma voz veio debochar, dentro da minha cabeça. "Está com saudades do garoto que foi carinhoso com você há anos atrás? Que tal pensar que agora esse garoto é o responsável por você ter tomado um comprimido há 15 minutos?"

O sorriso desapareceu no mesmo instante. Mas isso me deu forças. Prefiro pensar na realidade, do que ficar fantasiando e sentindo falta de um passado. E a realidade é que ele foi um idiota, a realidade é que ele está em outra, a realidade é que eu estou vários quilos mais magra e vários litros de lágrima mais desidratada, e que já passou da hora de esquecer isso.

Essa voz debochada na minha cabeça pode ser cruel, mas é sincera. E quer o meu bem.

"As vozes na minha cabeça estão me dizendo que não gostam de você"

terça-feira, 1 de abril de 2014

01/04/2014 - Fim forçado

Acordei sem coragem de fazer o que era preciso fazer. De sair dos projetos onde ele está.
Ainda estava ruminando como faria isso, quando de repente sou obrigada a entrar no facebook por questões de trabalho. Apesar de ter bloqueado tudo, entrei por outra conta. E fui até o perfil dele.

Ele está namorando a Radioativa. Não vi, porque não dava pra ver. Mas uma postagem era bem clara. Escrevo aqui enquanto aguardo um amigo ir confirmar pra mim. E sabe o que é mais bizarro? Eu QUERO que a resposta seja "sim". Eu quero. Porque isso vai me obrigar a superar. Vai me obrigar a parar de cultivar uma esperança que não existe. Vi fotos dela, ruminei tudo. Depois saí do facebook e me tranquei no banheiro do escritório. Não sei o que estou sentindo. Acho que nada.

Imagens suicidas vieram na minha cabeça. Mas eu sei que jamais faria isso. Mas saber que não faria não me impediu de pensar sobre o assunto, então eu pensei. E comecei a rir. Ri só um pouco, porque a vida é realmente muito engraçada. Um dia ferimos, outro dia somos feridos, e é assim. Parei de rir, parei de pensar bobagens, e levantei do chão. E vim escrever.

Meu amigo acabou de me dizer que não, não está escrito "namorando". E agora eu realmente não sei que p*rr@ eu estou sentindo. Só sei que isso me deu coragem de fazer o que preciso fazer. Sair dos projetos.
Não sinto a porcaria do chão embaixo dos meus pés. Parece que estou em algum sonho bizarro, onde meu papel foi substituído por uma pessoa de cabelo de cor estranha. Provavelmente vão se casar semana que vem. Mas esses pensamentos exagerados estão diferentes, agora. Porque não tem mais a ver comigo. Me pego desejando ardentemente que isso acabe logo, como alguém que quer que o próprio cachorro receba a injeção letal, só pra não sofrer mais. Ou como o próprio cachorro. Pra ser empurrada, jogada violentamente na estrada que eu deveria ter seguido há muito tempo: a estrada da superação. Da superação obrigatória. Da superação, por simplesmente não ter mais nada a fazer além de superar, nenhum outro caminho possível, nenhuma outra possibilidade.

Eu realmente preciso de um status de facebook pra seguir esse caminho?



segunda-feira, 31 de março de 2014

31/03/2014 - Sobre balanças e alívios

Eu subi na balança do banheiro e franzi a sobrancelha.
Toda mulher gosta de emagrecer, não é? Eu sou do tipo que sempre dou um sorriso quando vejo que estou uns quilinhos a menos.
Mas aquilo não era "uns quilinhos a menos". O que a balança tentava me dizer com aquele número era mais ou menos isso: "Garota, você está sumindo. Eu sei que você queria desaparecer do planeta, mas não literalmente, né? Continue assim e vai virar a Mulher Invisível."
Dei um suspiro e constatei que o último furo do meu cinto estava mesmo folgado. Me esforcei pra tomar café, e duas fatias de pão integral foram tão difíceis quanto escalar o Everest.

Eu tinha finalmente quebrado a abstinência. Saí com um cara muito bonito, com quem eu tinha saído há 3 meses atrás, antes de voltar com meu ex. Agora que eu estou solteira de novo, ele me chamou pra sair novamente, e me convidou pra ir ao apartamento dele. Aceitei. Pelo menos iria matar a vontade física de beijar alguém e outras coisas mais.
Ele era lindo, de cabelos e olhos claros, corpo bonito. Era inteligente e legal. Bem mais bonito que o meu ex. E eu realmente estava com vontade de estar com ele, principalmente depois da primeira cerveja. Conversamos, nos beijamos, e tivemos uma noite muito boa. Ele era doce, carinhoso... Mas não era meu ex.

Ter a vontade carnal satisfeita foi realmente muito bom. Um alívio físico e real. Mas o alívio veio e passou, e o rapaz ainda estava ali. E ainda não era meu ex. Lembrei do quanto eu e meu ex éramos perfeitos nesse sentido, e umas duas lágrimas escorreram. Ainda bem que estava escuro e o moço não percebeu. Me senti patética. Estava na cama de um cara lindo, e estava chorando. Qual era meu problema?

No dia seguinte, fui obrigada a ver meu ex, na reunião do único projeto que eu não larguei. Ele comentou que o primo dele tinha dito que me viu. Não falou nada sobre eu ter colocado o dedo no nariz. Menos mal. O pior é que fui obrigada a ver ele mandando mensagens românticas para a Radioativa. Bom, melhor ver isso do que ser cega.

Mas ainda assim eu fui parar na cadeira do psiquiatra no dia seguinte, explicando que a coisa tá mais difícil do que eu pensava, e que o remédio que ele tinha me passado só tinha servido pra me fazer dormir pelos cantos. Ele passou outro. Vamos torcer pra ser mais eficaz.

"Socorro! Tragam um prato de comida pra ela, por favor!"

sexta-feira, 28 de março de 2014

28/03/2014 - Encontro inesperado

Pu#a que me pariu, parece brincadeira, né? Eu estava saindo do almoço, onde fui comer sozinha. Não tinha ninguém na rua, e eu estava com uma coceira indescritível no nariz. Pensei "Ok, não tem ninguém olhando...dane-se os bons costumes" e enfiei o dedo no nariz com gosto.
-Ei, eu conheço você! - era uma voz familiar.

De repente, quem estava exatamente na minha frente, quase esbarrando em mim? O PRIMO DO MEU EX-NAMORADO! De onde diabos ele surgiu????
- Oi! - tirei o dedo do nariz na velocidade da luz e abri um sorriso amarelo. - Como você está?
 Foi uma conversa típica de "como anda a família?, você trabalha aqui perto?, olha só trabalhamos pertinho e blábláblá". E eu querendo morrer. O auge da trama grega foi quando ele falou que estava fazendo academia do lado do escritório onde eu trabalho. Pois é, uma academia que eu tinha acabado de me matricular, com o intuito de gastar minha tristeza na esteira e não pensar em nada que tivesse a ver com meu ex.
- Que legal! - ele disse - Podemos ir pra academia juntos!
-Claro! - respondi, enquanto pensava "Prefiro tomar cicuta".

Nos despedimos, e agora estou procurando um buraco no chão pra enfiar a cabeça. Já posso imaginar ele falando pro meu ex: "Nossa, você não sabe quem eu encontrei! A Fulana! Ela estava descabelada, feia e, você não vai acreditar, enfiando o dedo no nariz! Que nojenta!".

Eu sei. A essa altura do campeonato, eu deveria estar pouco ligando para o que o primo dele ou ele pensam de mim. Aliás, devia até limpar a sujeira do meu nariz nele (ergh!). Mas tanto eu quanto você sabemos que eu ainda não estou nesse nível de superação, de não me importar mais com nada. Tanta gente pra encontrar, em tantas situações, e eu precisava esbarrar justo com o primo dele enquanto estou limpando o nariz???

Se até a realeza foi flagrada assim, quem sou eu pra me envergonhar?

quinta-feira, 27 de março de 2014

27/03/2014 - "Todo dia ela faz tudo sempre igual..."

É sempre a mesma coisa. Acordo tremendo, com um vazio gigante em alguma parte entre a garganta e o útero. Me viro na cama, bagunço as cobertas e tento insistir pra ficar deitada mais 5 minutos, torcendo para aquele desespero passar. Não passa, e eu sou obrigada a levantar para não me atrasar.

Tomo um banho, e a coisa parece ficar menos pior. Mas ainda sinto como se algum órgão muito importante faltasse e eu precisasse de um transplante urgente. Vou para o trabalho, e passo o dia inteiro tentando me convencer de que acabou, tentando fazer a mente ficar um pouco mais calma, lendo livros de auto-ajuda pelas conduções da cidade.

Volto pra casa, me arrumo pra deitar. E sinto que já estou melhor. Mais tranquila. Afinal, passei o dia todo falando comigo mesma, dizendo que ele é um babaca e que eu mereço coisa melhor. Demoro pra dormir. Não lembro o sonho, mas acordo tremendo, com um vazio gigante em alguma parte entre a garganta e o útero... E assim vai, num looping infinito.

Sério, me sinto presa no Dia da Marmota (alguém já viu esse filme? Acho que se chama "Feitiço do Tempo").  Entre Chico Buarque e Luiza Possi, eu vou repetindo esses ciclos sem fim de dor e resignação. Que saco!

Fiquem com uma música linda que traduz exatamente a rotina da superação.


quarta-feira, 26 de março de 2014

26/03/2014 - Taça cheia, taça vazia...

- COMO ELE PODE?? - era eu, gritando - Como ele pode sequer PENSAR em namorar sério com outra menina? E o que ele sente por mim? E tudo que ele dizia sentir, pra onde foi? Se divertir com outras e sair sem compromisso, eu até entendo. Mas NAMORAR? COMO?

Minha amiga me ouvia gritando "COMO PODE?" com uma paciência extraordinária. Ele ainda não estava oficialmente namorando, mas era isso que dava a entender, pelo que eu escutava por aí. E estava desabafando com essa amiga, que olhou para mim com carinho e disse:

-A taça dele está vazia. Por mais que ele ainda sinta alguma coisa por você, ele escolheu botar uma pedra nisso. Ele esvaziou a taça, e assim ficou receptivo para a chegada de outra pessoa, de um relacionamento novo. Não quer dizer que ele esqueceu tudo, ele só deixou ir, para receber outra coisa.

Ela esperou eu assimilar, e depois continuou:

-Sua taça ainda está cheia do seu sentimento por ele. Por isso, qualquer pessoa que vem até você, transborda e escorre pelos lados. Tudo será uma desculpa pra pessoa não ser tão perfeita quanto ele era, porque você ainda está tomada por isso. Não tem como você gostar de alguém, se apaixonar ou namorar sério agora. É por isso que, pra você, é tão absurdo que ele consiga estar com alguém.

Fiquei olhando pra ela, embasbacada. Então é isso? Toda a minha dor pode ser resumida pelo fato de eu ser uma taça transbordando?
Ela estava certa. Nenhum homem que se aproximasse de mim teria chance de encher minha taça (por mais estranha que essa frase seja, e por mais duplo-sentido que ela tenha, agora que analisei direito).


Estou cheia de você! Onde tem uma pia, pra eu jogar isso tudo fora???????



terça-feira, 25 de março de 2014

25/03/2014 - Pensamentos embalados em dor-de-cotovelo

Às vezes eu me pego pensando nas nossas brincadeiras. Em tudo que éramos. Daí já me vem na cabeça ele fazendo brincadeiras com a Radioativa, e apresentando ela aos amigos, à família... A namorada dele. A nova namorada dele. Pensar nisso dói como uma faca incandescente sendo enfiada no meu peito várias e várias vezes.

Imagino aqueles que foram contra a gente falando algo como "Aaahhh, agora sim", só porque ela não sou eu. Só porque ele ainda não quer casar com ela. E quando ele quiser, será que eles serão contra de novo? Nem consigo pensar nisso, porque a imagem dele querendo casar com ela dói o suficiente pra ofuscar qualquer porcaria de tentativa de imaginar qualquer merda de coisa. E, pra ser sincera, por que eu estou me dando ao trabalho de pensar nisso?

Sinto como se tivesse voltado lááá pra primeira semana de superação, logo depois do término. Para aqueles tempos onde eu não conseguia dormir à noite, e depois não conseguia ficar acordada justo quando precisava fazer algo importante (como trabalhar). Para aquela época em que eu acordava tremendo, sem saber o porquê, já que não era de frio. Para a época em que toda comida parecia muito bonita, mas só pra olhar, nunca pra comer.

Pois é, voltei. Quantos altos e baixos eu ainda posso ter, antes de finalmente esquecer? Não achei que era possível voltar tão pra baixo, assim. Mas a montanha-russa da superação tem grandes quedas, e só me resta torcer para que eu suba mais rápido do que da outra vez.

Ele está com ela. Céus, como isso dói!!


segunda-feira, 24 de março de 2014

24/03/2014 - E a realidade vem me bater...

Se eu estou sentindo dor? Minhas mãos tremem. Meu estômago embrulha. Tudo parece enevoado, como se eu estivesse prestes a desmaiar a qualquer momento.

Não, ainda não tem "namorando" no face dele. Mas ele está levando a Radioativa pra todos os lugares. Nossos amigos em comum falam dela pelo nome. Ela já tem amigos íntimos dele no facebook. E eu não vou esperar ele colocar "namorando" pra ter um ataque agudo ao miocárdio na frente do computador. Isso já foi longe demais.

É isso. Vou sair dos nossos compromissos em comum. Pois é, vou largar o que amo, vou largar o emprego. Só vou manter um, que não posso realmente largar. Mas já vai ajudar. Já é hora de parar de dar conselhos e começar a seguir os malditos conselhos. "Saia de tudo que tenha a ver com ele". Não é tão difícil.

O que é difícil é abraçar a superação de vez. É admitir que NÃO, não há nenhuma chance de voltarem. Que NÃO, não há nada a se fazer pra isso. Que NÃO, NÃO E NÃO!!! Gritar "NÃO" para todos os órgãos do meu corpo, todos os poros da minha pele, cabelos, pelos, dentes...

Porque tudo em mim quer uma coisa que não posso ter, que não devo ter, e que, porra, NÃO MEREÇO TER! Mereço mais. Muito mais.



Não adianta achar que fará sol só porque quero que faça. É chuva que é a realidade, é chuva que temos, é chuva que tenho que enfrentar, querendo ou não. E é a chuva que faz a vida voltar, afinal.

sexta-feira, 21 de março de 2014

21/03/2014 - A morte do cavalheirismo no mundo!!

Sinceridade, acho que eu joguei pedra da cruz, atrapalhei a meditação de Buda, usei o Alcorão como peso de porta. Alguma coisa muito grave eu fiz!

Acreditem vocês que eu estava ontem saindo do trabalho pra encontrar o Fortão... Retoquei a maquiagem, arrumei o cabelo, saí toda linda e glamourosa. Dane-se o Glasgow 3! Sou mais eu e vou beijar um cara lindo, inteligente, romântico e... "Já estou voltando pra minha casa". Era a mensagem do Fortão.
Acuma??? A gente não ia se encontrar??

Enquanto tentava falar com ele, minha chefe amaldiçoada (mulher ruim!!!) me liga, sendo mais falsa que peito de mulher do BBB, falando umas coisas que me tiraram do sério. Desliguei, e vi que o lindo queria que eu fosse até onde ele estava (pegar metrô, fazer baldeação, pegar trem), no sentido extremo e oposto da cidade, encontrar com ele NO CARRO DELE e depois voltar DE TREM para a minha casa, que é no outro extremo oposto da cidade, tarde da noite. Ele estava parado na estação de trem, me esperaria lá, e depois iria pra casa dele, que é lá perto.

Eu estava tão maluca que fui indo pra lá, quando parei e pensei... PERALÁ! Que p*rr@ é essa???  Recuperei a sanidade e disse que não dava. E deixei claro que achei a situação um tanto quanto errada. Ele pediu mil desculpas, falou coisas bonitas... E hoje mandou mensagem. Mas, diferentemente dos outros dias (quando eu contei mais de 500 mensagens diárias, sem exagero, sendo mais de 100 antes das 10h da manhã), ele demorava mais de uma hora pra responder cada mensagem. Chega. Mandei um "Não vou te atrapalhar, beijo delicioso" e desliguei a droga do whatsapp.

QUEM ESSES HOMENS ESTÃO PENSANDO QUE SÃO?? De verdade, será que não existe um cara no mundo que tenha a decência de saber como tratar uma mulher? O que eles acham, que é só falar coisas bonitas que iremos até eles como pizza em delivery? E DE TREM??? Ahhh, dai-me paciência!


quinta-feira, 20 de março de 2014

20/03/2014 - Manhosa até o talo!

Ok, minha carência e manha alcançaram níveis estratosféricos hoje.
Tenho vontade de gemer, de ser abraçada, de ser acolhida... Domingo é o aniversário de uma amiga minha em comum com meu ex, e eu já estou tendo pesadelos dele levando a Radioativa pra festa. 
Eu não vou. Ir na festa está fora de questão. Mas e o medo de ficar sabendo que ele levou a menina, apresentou pros amigos...? E o medo de começarem a tratar ela como namorada dele?

Enquanto isso, o Fortão que eu comentei no post passado quer me ver hoje. E eu não consigo fazer minha cabeça calar a maldita boca, que fica repetindo sobre a situação atual do relacionamento dele. E também não tenho coragem de perguntar: "E aí, você acha que sua namorada (porque eu não considero que ela seja ex) vai me odiar muito se eu enfiar a língua na sua boca??"

Sinceramente, alguém me dá uma passagem pra Conchinchina? 

Prometo que amanhã eu volto pra falar do que deu a saída com o Fortão. Quero que se lembrem que eu não beijo um cara há ... (indo no post da balada, este aqui, pra ver quanto tempo faz..) ... 1 mês e 3 semanas. Só isso??? Achava que eram anos!! Enfim. Conto tudo pra vocês, depois!! >.<

Me ame!!!

terça-feira, 18 de março de 2014

18/03/2014 - "O mundo está ao contrário e ninguém reparooou..."

AH, MEU DEUS!! Ah, meu deus, ah, meu deus, ah, meu deus...

Ok, respira. Ontem, como vocês podiam ver (ler), eu estava muito triste. Desanimada. Cinza. Com uma dor de cotovelo absurda pelo Glasgow 3 estar desfilando com a Radioativa. Mas, para minha surpresa, comecei a conversar via whatsapp com um cara que conseguiu fazer meu dia ficar melhor.

Primeiro, porque ele tem os braços mais bonitos do universo. Eu sei, estou no celibato, e isso pode fazer qualquer coisa parecer irresistível. Mas não estou falando de sexo, apenas da verdade incontestável de que qualquer garota hetero babaria ao ver o braço do cara de quem estou falando. Ele consegue me levantar com um braço só! Sem contar nos olhos azuis, no cabelo loiro e na cara de homem de verdade.

Segundo, ele realmente disse coisas lindas. Me fez sentir bonita, me proporcionou varias risadas e conversas muito interessantes o dia inteiro. Acordei hoje com uma mensagem de bom dia tão maravilhosa que fez meu ar faltar. A diferença entre o jeito que eu estava quando acordei ontem e quando acordei hoje era palpável. Acordei pensando em como a vida é engraçada e tendo a certeza que eu posso voltar a ser feliz.

MAS TEM UM (na verdade, vários) PROBLEMAAA! Primeiro: ele é amigo do meu ex!
Calma, não é amiiiiigo, amigo. É um conhecido. Mas eu o conheci através do meu ex, e todas as vezes em que eu o vi, foi porque estava com o Glasgow 3, que o cumprimentava muito amigavelmente, batiam um papo rápido e falavam coisas do tipo "Pô, tô devendo uma visita para sua turma" e coisas do tipo (visita essa que nunca acontecia). Mas tenho uma defesa!! Eu já via esse moço nos eventos, antes de namorar o Glasgow. Nunca tinha trocado a palavra com ele, mas enfim...

Segundo, ele é mais novo que eu (que novidade, não?? Eu deveria ser presa por isso! Que mania de se interessar por caras mais novos!). Tem outros poréns que eu nem vou citar, mas que envolvem eu me contorcendo e me achando a pior pessoa do universo - incluem o fato da ex dele, que é ex há pouquíssimo tempo, ser a pessoa mais querida de todas no grupo de amigos deles. Não, eu não conheço ela!!! Só faltava isso! Mas sei que ela é linda de morrer e que todos a adoram. E com certeza ela me odiaria bem mais do que eu odeio a Radioativa, se eu tivesse alguma coisa com ele.

É isso. As coisas poderiam ser mais simples. Mas nããããão... >.<

Tá tudo erradooooooooo!!

segunda-feira, 17 de março de 2014

17/03/2014 - Viagem no tempo

E lá estava ela. Com seus cabelos de cor irreal, linda e (ai, Deus) me fazendo ter vontade de ter um aneurisma e morrer, só pra não precisar mais olhar pra cara dela. Pois é, gente!! A RADIOATIVA VOLTOU! Uhuu! Não é o máximo? Não é de querer arrancar os olhos da cara de tão lindo?

Sim, a ficante do meu ex-namorado, que me fez quase surtar no começo do ano, estava lá, no evento do grupo que eu tenho em comum com meu ex. Isso significa o quê? Que estão ficando há 3 meses? Na minha cabeça, eles já estão namorando sério (apesar do face não dizer isso... eu sei, eu olhei!! Transgredi todas as regras!). Mas ele pode ter bloqueado essa informação pra mim, não pode? Ai, céus, tenho certeza que estão namorando sério! Ele a tratava como tal. Eles estão namorando, e vão casar amanhã, e terão filhos semana que vem, e netos até abril!!!

E eis que eu volto no tempo. Para o dia que queria matar os dois (esse aqui) e para o dia que tentava me convencer de que estava exagerando (esse aqui). Fui diplomática, fugi dali o mais rápido que consegui e, quando já estava longe do fogo, chorei. Nossa, que inovação no enredo! ¬¬'

Foi então que percebi. Vou ficar patinando no mesmo lugar até tomar coragem de sair de todos os trabalhos que envolvam ele. Vai me fazer perder dinheiro, vai me afastar dos meus amigos, vai me tirar de algo que eu amo fazer.... Mas que outro caminho posso seguir? É da minha saúde mental que estamos falando! Vou ficar tendo que ver isso e sofrendo até quando?

Pelo menos, achei que fiquei menos pior do que na primeira vez. Ou será que já estou ficando meio anestesiada de novo? Não sei de mais nada, de verdade. Só queria não viajar mais no tempo. Queria ir pra Tasmânia.

Vamos bem para trás para consertar tudo, ou bem pra frente para esquecer tudo. Mas não para janeiro, por favor!



sexta-feira, 14 de março de 2014

14/03/2014 - São as águas de março fechando a droga do verão...

Gente, eu não quero dar uma de emo por aqui, e não quero mesmo deixar vocês pra baixo... Mas, mas...

AAAAAAHHHHHHHHH!!! Enquanto escrevo isso aqui, tenho que tomar cuidado pra não molhar a droga do teclado, porque está saindo litros dos meus olhos. Ele me tratou mal de novo. Foi indiferente. E ao invés de mandar pros quintos dos infernos, eu estou aqui chorando copiosamente. É isso. Voltei a chorar.

E A PORCARIA DA CULPA É TODA MINHAAAAA! Eu, que intimamente fiquei feliz por ter recebido um contato dele, mesmo sem admitir. Eu, que nutri esperanças. Eu, que não tomo o caminho mais fácil de sair de todo e qualquer projeto que tenha a ver com ele, mesmo que isso signifique largar tudo.  Por que você está fazendo isso comigo (falando com o espelho)?? Sério, você me odeia? Por que não facilita pra mim, me fala??? Poxa, as coisas já estão tão duras pra gente, e você toma os caminhos mais difíceis!!!

Nossa, que ódio, que dor, que tristeza infernal! Alguém pelo amor de todos os céus, enfia uma mão no meu peito e tira isso!!! Melhor, me dá uma paulada na cabeça, me faz esquecer ele e todas as pessoas que tenham a ver com ele! Uma paulada na cabeça, vamos lá! Alguém se habilita?

Com licença, vou chorar aqui, tudo que eu precisar. E algo me diz que vai ser bastante. Águas de março, águas de março... Tragam alguma promessa de vida pro meu coração, porra!!!





quinta-feira, 13 de março de 2014

13/03/2014 - Come back! Come back!

É isso. Estou em cima de um maldito iceberg, congelando e gritando "come back!", igualzinho a Rose do Titanic. Não, não estou pedindo que meu ex volte (apesar de querer isso... merda de vida). Estou pedindo que minha fase de não me importar volte!!! Por que ela teve que ir embora??

Eu ADORARIA que esse post fosse sobre "Como superar o fim de um namoro: parte 3". Juro que adoraria. Mas me sinto tão INAPTA a dar dicas sobre superar quanto me sinto inapta a colocar a perna atrás da cabeça. Vou explicar:

Eu estava ok. Como vocês leram, não sentia nada. Daí, fiquei com vontade de sexo. Então me virei como podia, e a vontade até que passou. No dia seguinte, voltei a ficar triste. Voltei a pensar nele. Voltei a olhar pra ele com vontade de suspirar. PORRA!!! Por quê???? Eu não estava na fase de não sentir nada? Apesar dessa fase ser estranha, estava muito melhor não sentindo nada do que sentindo falta dele! Volte, volte pra trás!!! Volte, fase de "cara de Lula Molusco"!

Alguém pode me explicar o que deu errado?? Será que foi o fato de eu ter me "aliviado", depois do desespero sexual? Fiz isso sozinha, um alívio físico e razoavelmente bom. Mas quando terminei, fiquei pensando "Poxa, não tem como simular a parte do ficar de conchinha, né?". E então, acordei deprimida no dia seguinte. Não sei se foi reflexo disso, ou se é de novo o lance de boomerang que eu já tive várias vezes: fica normal, fica triste, fica saudosa, fica com raiva, fica indiferente, fica saudosa de novo...

Alguém sabe como fazer isso parar?? Enquanto isso, vou continuar pedindo para a fase da indiferença voltar e me tirar desse frio. Brrr...

Volta, caramba! 

terça-feira, 11 de março de 2014

11/03/2014 - Sexo na superação

Seria muito hipócrita da minha parte se eu não falasse sobre o sexo na superação. É por esse e outros motivos que sempre fiz questão de manter o anonimato - posso falar sobre questões constrangedoras sem medo de ser exposta. Obviamente eu ficaria com muita vergonha de postar isso aqui se tivesse meu nome no post. Mas não é esse o caso, então eu me dou o direito de me abrir sem medo com vocês...

TÁ FODAAAAAAA! Ou melhor, "foda" é a única coisa que não está, né? Já que não sei o que é isso há meses. Nem são tantos meses assim, mas está complicado. O que me fez sair do estado de letargia de ontem foi isso: a absurda vontade de ter meu ex-namorado. Não, não estou querendo que ele venha falar que me ama. Só queria o alívio carnal que eu tinha com ele. Não fiquei com mais ninguém desde que terminamos.

O problema é: não sou o tipo de mulher que consegue transar com um cara de quem eu não gosto. Se eu fosse, minha vida seria muito fácil. Mas eu quero o envolvimento, a paixão. Sexo não tem graça nenhuma sem essas coisas. E apesar de já estar bem mais desencanada e já nem saber se ainda gosto dele, eu ainda sinto a maldita vontade física de querer ele. E só ele. Não adiantaria nada um cara lindo de morrer vir me dizer que será meu escravo sexual (ui!). Não. Eu quero ele.

A capacidade que algumas pessoas (incluindo eu) têm de associar o amor ao prazer é linda, mas pode dar muito problema.  Se eu só consigo ter um bom sexo com quem eu amo, como vai ficar a história?? Pode demorar anos até eu me apaixonar de verdade por outra pessoa! O que eu vou fazer até lá? Subir pelas paredes como o Homem-Aranha??

Essa é outra coisa que uma pessoa que quer superar tem que entender: você vai sentir falta do seu ex, de todas as formas possíveis. Além de encarar a saudade emocional (o carinho, a voz, o comprometimento, e etc), você também tem que encarar a saudade física (a pele, o cheiro, o jeito que a pessoa te tocava e etc).
Eu sinceramente não sei qual das duas vontades é pior de superar. Acho que a emocional, porque traz junto uma dor e uma tristeza muito grande. Mas a saudade física também é osso duro de roer! Porque, por ser física, você sente no seu corpo! É palpável, é real, como dor de fome ou vontade de ir ao banheiro.

E não, não adianta seguir o conselho de amigas, que acham que um vibrador pode dar jeito na história. Mas, infelizmente, acho que é a única saída.

Só mesmo muito tempo na seca pra fazer alguém subir pela parede assim...

segunda-feira, 10 de março de 2014

10/03/2014 - A arte de não sentir nada

Estou estranha. Na verdade, não sei dizer em que pé está meu processo de superação.

Eu ainda gostaria que ele viesse me pedir pra voltar, ainda me sinto atraída por ele... Sinto mesmo?? Porque também sinto um "foda-se" tão grande, que nem sei o que está se passando aqui dentro. Estou vazia. Não um vazio ruim, daqueles que eu sentia quando tinha saudades dele. Um vazio vazio, mesmo. Não me sinto feliz, mas também não estou triste.

Na verdade, acho que tive tantas emoções e sentimentos nos últimos meses que devo ter gastado todos. E agora não sobrou nada pra sentir. Acho que se, nesse minuto, ele viesse dizendo que me ama perdidamente, eu ficaria olhando pra cara dele sem mexer um músculo do rosto. E talvez dissesse "Ah... ta bom.", com a mesma empolgação que eu teria se me falassem sobre o mercado de ações. Alguém já sentiu isso? É normal esse estado, quando se está superando um término? É positivo (pois estou esquecendo) ou negativo (por estar feito um zumbi)???

O preocupante é que estou assim PARA TUDO. Não apenas pra ele. Tudo à minha volta parece algo distante e que não tem nada a ver comigo. Não sinto nada por coisa alguma.

Acho que essa é a cara que eu faria para qualquer coisa que me dissessem


Fiquem com uma música perfeita para a ocasião.




quinta-feira, 6 de março de 2014

06/03/2014 - Essa sou eu???

Acordei, e não pensei nele. Não. A única coisa que pensei, na verdade, foi que queria poder dormir mais.
Depois de me arrumar para o trabalho, liguei o whatsapp para ver o que o meu paquera tinha respondido da nossa conversa de ontem.

Lembram do meu paquera, que eu apelidei  de "8 mil Km"? Se não sabem de quem estou falando, cliquem aqui. Pois bem. Meu paquera que está no estrangeiro, mas que continuou falando comigo e trocando mensagens provocativas via whatsapp, apesar de nunca termos nem ao menos saído pra tomar um chá.

Daí, vejo que sim, tinha recebido resposta do 8 mil km. E também tinha recebido mensagem de grupos. E também tinha recebido mensagem do meu ex- namorado.

...
COMO É QUE É??????

Sim, foi isso que senti na hora. Um "Ãh, será que eu tô vendo direito??", que me fez esfregar meus olhos achando que eu não tinha acordado ainda. Mas o que me fez ficar realmente orgulhosa foi o que aconteceu no momento seguinte: eu constatei que sim, tinha recebido mensagem do meu ex, e não fiquei empolgada nem nervosa. Na verdade, ignorei e abri primeiro a mensagem do meu paquera. Depois, abri a mensagem do grupo. E então, por último, abri a mensagem dele. Era apenas uma palavra, e eu realmente não entendi absolutamente nada do que aquilo significava.

E aí vem o outro motivo de orgulho: ao invés de ficar "Ai, meu deus, ele me mandou mensagem! Ai, meu deus, o que será que isso quer dizer? Ai, meu deus, o que será que eu faço??", eu agi como agiria se qualquer pessoa tivesse me dito algo que não entendi. Fiz careta e mandei um "Não entendi".

Bom, continuo sem entender o que aquela mensagem significava. E continuo não me importando. O que será que houve comigo???

Pois é. E eu sou mais poderosa que a Anitta, meu bem. Porque tenho vontade de superar.

quarta-feira, 5 de março de 2014

05/03/2014 - Carnaval de Pierrot

E aí, como foi o feriado de vocês? O meu foi...bem... ok. Viajei, e a viagem foi realmente muito gostosa. Mas não saí pra dançar, festejar, beijar na boca nem nada disso. Nada que o clima do Carnaval pede.

Apesar de eu ter conseguido descansar, ficar vendo suas amigas e parentes com o namorado, enquanto você precisa pegar ônibus de viagem mais sozinha que azeitona em empada é dose. Fico me perguntando quando é que isso tudo vai passar. Tá realmente muito complicado.

Mas lembrei que até no Carnaval tem alguém que compartilha dos nossos sentimentos: o Pierrot, personagem antigo do carnaval da Itália e da França, que nasceu na Commedia dell'Arte e ficou famoso por conta da sua tristeza pelo amor não correspondido da Columbina.

Se até no meio da folia a gente acha um companheiro de causa, é porque não sou MESMO a única a passar por isso. Juntemos nossas forças para festejar, nem que o motivo da festa seja o fato de não estarmos sozinhas.

Para provar que não sou a única de jeito nenhum, acabei achando um blog de alguém que também lembrou de Pierrot e fez um texto muito bom sobre superação: http://olhosinquietos.blogspot.com.br/2012/02/pierrot.html

É, eu sei. Aquela v@c* da Columbina te magoou... Toma uma cerveja, amigo.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

28/02/2014 - I will survive

Tomei o antidepressivo por dois dias e resolvi parar. Estava com um sono absurdo, dormindo em cada canto que encostava. Vou ter que voltar no médico, porque não dá pra ficar virando os olhos em outra reunião do trabalho. Tá certo que tinha muita gente na reunião, mas se meu chefe olhasse para mim, veria uma vesga tentando lutar inutilmente contra os próprios olhos que insistiam em virar, de tanto sono. No mínimo estranho.

Acordei sentindo falta do meu ex, desesperada. Mas nada que um bom banho quente não resolva. Sério, em uma crise de abstinência, se enfiem embaixo do chuveiro quente! Realmente dá certo.

Estou respirando fundo e falando pra mim mesma que tudo vai ficar bem. Vamos lá, qual é a pior coisa que pode acontecer? Ele começar a namorar outra e eu ter de ver o casal 20 juntos? Ok. Eu continuarei com meus braços, minhas pernas e todos os meus órgãos vitais, certo? Vai doer pra burro, mas algum dia, daqui muitos anos, eu vou lembrar disso, rir e pensar "Nossa, como as coisas mudam...Eu estava mesmo apaixonada por ele, e agora não sinto mais nada!".

Eu SEI que isso vai acontecer, porque já aconteceu. Eu esqueci meu primeiro namorado. Lógico que saber e querer são coisas diferentes. Eu queria que meu atual ex voltasse atrás e me pedisse pra voltar. E ok, isso pode acontecer. Num mundo onde é possível chover peixes do céu (já viram esse fenômeno?), é totalmente possível que um cara peça a ex-namorada de volta, ainda que agora ele não queira isso. Mas se não acontecer, eu ainda estarei viva. E quem sabe presenciando uma chuva de peixes em Paracatu?

Fiquem com uma música que eu pretendo transformar no meu hino.




quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

26/02/2014 - Nove dias depois...

E lá estava eu, sentada na cadeira do psiquiatra.
Exatamente nove dias depois do post em que comentei que marcara a consulta. Confesso que ontem me sentia meio idiota por precisar acordar cedo no outro dia pra ir ao psiquiatra. Já estava me sentindo melhor, não?
Mas quando cheguei e sentei, e um simpático e distinto senhor me perguntou qual era o problema, percebi que o problema estava lá e não tinha arredado nem um pouco o pé.
-Bem... - nem sabia o que dizer. Eram tantas coisas. Resolvi começar pelo básico - Eu estava noiva, com a casa entregue. Daí, meu noivo terminou comigo e...
E eu comecei a chorar. Lógico. Em que planeta eu poderia esperar que falaria sobre o assunto sem desaguar? Mas algo que ele disse me fez parar. "Bom, é lógico que você está triste. Não é por menos."

Não é por menos. Que bom! Alguém parecia entender e perceber que uma dor de amor não é pouca coisa. Eu já tinha me chicoteado demais pensando que eu estava triste por bobagem, com tantas pessoas no mundo sendo torturadas, abusadas, tendo a família toda assassinada ou passando fome. Mas achar que minha dor deveria ser menor não fazia dela algo menor. Só adicionava uma boa dose de culpa e chicoteamento, coisa que eu realmente não preciso. E um dia li , em algum ligar, que a pior dor é a que estamos sentindo. Então, que tal eu ser menos intransigente comigo mesma?

Saí do consultório com uma boa sensação de que aquele médico vai me ajudar. E três caixas de antidepressivo.


O desenho não parece nem comigo nem com o psiquiatra, mas tá valendo. Pelo menos é uma cadeira, não um divã.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

25/02/2014 - Buraco negro

Estou envergonhada de mim mesma. Voltei a me focar em como posso fazer para ele se arrepender e me pedir pra voltar, ao invés de me focar em esquecer o filho da puta. Tive um sonho hiper confuso, onde ele me dizia que já me esqueceu e que foi super fácil, e eu dizia que também esqueci e que ele é a pessoa que mais desprezo no universo. E depois, nos abraçamos, daquele jeito que se abraça em sonhos e que você jura que é mais real do que um abraço real. Um abraço onde você é capaz de sentir (de um jeito mágico e sinestésico) todos os ossos e músculos da outra pessoa, e o cheiro da pele e do perfume, de um jeito que nunca sentiu antes.

Passei o dia todo com um buraco negro no estômago. Um vazio tão absurdo e enorme que estou com medo de eu mesma cair dentro dele e me perder pra sempre. E hoje ainda terei que ver meu ex. Meu Deus, em que espécie de pântano eu estou me afundando???


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

24/02/2014 - Disque-TPM

Não estava entendendo. As coisas não deviam melhorar com o tempo? Eu estava bem há dois dias atrás, porque sentia falta dele agora? Quando a secretária do trabalho viu minha cara amuada, desabafei com ela.
-Estou com saudade do meu ex.
E ao invés de falar algo como "Poxa, vai passar" ou "Esquecer demora mesmo", ela me olhou como um cientista analisando uma nova bactéria, levantou o óculos que escorregara pelo nariz dela, e fez uma simples pergunta:
-Você está de TPM?
Arregalei os olhos e minha mente fez vários cálculos. Acessei meu calendário mental, contei dias, semanas, levando em conta atrasos por eu não estar mais tomando anticoncepcional (minha vida sexual está tão ridiculamente nula que uma gravidez significaria que Jesus está voltando), inchaços e retenções de líquido... Tudo isso em um segundo. Sim, todos os cálculos eram afirmativos.
-Sim!!!! - respondi - Nossa, estou tão de TPM!!
- Então está explicado. Você vai sentir saudade do seu ex, vai chorar à toa e vai matar por um pedaço de chocolate. - disse a secretária, voltando a olhar para o computador.

Que saco! Então além de lutar contra todos os meus sentimentos pra tentar esquecer o cara, eu ainda tenho que lutar contra meus hormônios? Poxa vida, meu corpo não facilita! Fiquei pensando que deveria ter um "Disque-TPM", assim como existe um CVV para pessoas que querem acabar com a vida. O telefonista ficaria encarregado de lidar com a minha TPM e me ajudar.

Como não existe isso, saí e comprei uma barra de 200 gramas de chocolate.





quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

20/02/2014 - Até tu, Rony?

Entrei no face, e uma conhecida minha (que acabou de fazer um face e está curtindo tudo que pode) tinha curtido várias fotos. Congelei: fotos que eu estava com meu ex! Foi então que percebi que eu não tinha me desmarcado na maioria das fotos que nossos conhecidos tinham do ex-casal. Ele tinha. Fui lá, foto por foto, clicar no maldito botão de "Denunciar/desmarcar".

Lógico que isso culminou em ir pro banheiro chorar. Mas também me deu certo alívio. Eu estava, aos poucos, apagando as arestas. E então, não me perguntem porque, durante o dia eu acabei me deparando com uma entrevista com a JK. Rowling. Ela dizia o seguinte:

Entrevistador (que por acaso era a Emma Watson): Acho que faz sentido para mim que o Rony tenha feito amizade com o bruxo mais famoso da escola, porque acho que a vida coloca você de frente com o seu maior e mais doloroso medo constantemente (o de se sentir apagado, no caso do Rony) – até que você o supera. A situação se repete sempre.

 J.K. Rowling: Isso é tão verdade! O problema fica aparecendo sempre, porque você é atraído a ele e você fica se colocando frente a ele o tempo todo. Num determinado momento, você decide o que fazer em relação a isso e, às vezes, superá-lo é escolher dizer: não quero mais isso; vou parar de esbarrar com você porque de você não se aproveita nada. 

E dei risada. Era exatamente isso que estava acontecendo. Eu ia continuar me vendo diante do meu problema, outra e outra vez, até encarar e não ser mais um problema. O Rony conseguiu sentir que não importava ser o cara popular (meu Deus, estou aqui comparando meu emocional com o de um bruxo que não existe, mas ok...) e eu tenho que sentir que não importa ficar revivendo meu relacionamento até que ele dê certo. Não vou tirar nada disso.

A gente já pode entrar em pânico?

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

19/02/2014 - Sério mesmo??

Hoje, fui apoderada de um sentimento muito positivo para a superação. É o famoso (ou nem tanto) sentimento de "Sério mesmo??". É quando você lembra de alguma coisa que seu ex fez ou falou e pensa "Nossa, eu estou realmente apaixonada por esse tipo de babaca???". O melhor "sério mesmo" é o que sentimos quando vemos o ex, e percebemos que ele não é tão lindo ou perfeito quanto pintamos.

Pode ser um corte de cabelo mal feito, uma espinha na ponta do nariz ou uma coçada "nas partes" que não é nada cavalheiresca. Mas o que eu acho que dá mais resultado são as atitudes. Tente se lembrar de todas as vezes que ele falou ou fez algo infantil ou realmente babaca. Alguma coisa escrota de verdade, que faça você pensar "Meo Deos do céo! Jura que eu gosto DISSO aí???". Daí, se tudo correr bem, alguma parte dentro de você vai gritar "Não, você não gosta disso. Você não quer isso. E principalmente, VOCÊ NÃO MERECE ISSO".

Tentem vocês também! Fixe-se em um pensamento de algo realmente chato nele, e repita o mantra "sério mesmo??" até você se sentir ridícula por ainda gostar dele. Daí, dê risada de você. Acho que é um ótimo começo (ou meio, ou fim) pra superar.

Até a Carminha tá indignada sobre como seu ex é um imbecil


REPITA O MANTRA! (em outras línguas também)



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

18/02/2014 - Como superar o fim de um namoro: PARTE 2

Acordei menos pior, mesmo tendo visto meu ex-namorado no dia anterior. Pudera, porque realmente só tinha que melhorar!! Se tem uma coisa que eu ODEIO nesse negócio de superar o término do namoro, são os altos e baixos. Queria muito ter a certeza de que, quando fico bem, não voltarei mais a ter as crises de saudade/ciúmes/auto-piedade/ódio ou seja lá o quê. Mas não. A única certeza que eu tenho é que sim, vou voltar a sentir tudo isso. Em compensação, pensando pelo lado bom (aquela velha história do copo meio cheio ou meio vazio) também posso ter a certeza que vou voltar a ficar bem, quando estiver chorando quase ao ponto de desidratar. Então, pense nisso!! "Ca%@lh*, tá doendo pra burro!! Mas vai passar!"

Agora, vamos às dicas de hoje!!!


COMO SUPERAR O FIM DE UM NAMORO - PARTE 2

  • Apague o telefone dele e de conhecidos dele da sua agenda!! Se você for sortuda como eu (que tenho uma memória muito ruim pra números, e que nunca precisou digitar o numero dele, pois o celular ligava pra mim), você talvez nem saiba o número dele de cor! Infelizmente, eu perdi meu trunfo quando ele mandou uma mensagem pra um grupo em comum, e minha mente auto-sabotadora acabou decorando. Mas enfim... Mesmo que você saiba o número dele inteirinho, de trás pra frente e até as análises combinatórias dos algarismos, apague da sua agenda mesmo assim.

    Motivos para apagar o numero dele: Primeiro, só o fato de não ter que ver "FULANO" quando for correr sua agenda atrás de algum contato, já é bem libertador. Segundo, não ter o número ajuda na hora da recaída, quando você quer ligar pra ele desesperadamente. Ter que discar (principalmente quando se está bêbada) é mais difícil, e dá mais tempo pra você desistir, ou pra alguma amiga leal roubar o celular da sua mão.

    Apague o número telefônico dos conhecidos dele, também. Tipo o número da irmã dele, dos amigos que eram mais dele do que seus, o número da avó, do cachorro, etc. Você não vai mais ter que ligar pra nenhuma dessas pessoas (isso não é lindo?? <3). Lógico que se for um amigo dele que acabou virando grande amigo seu (tem que ser grande, mesmo, hein? Se for só colega, deleta!), ou se a irmã dele também for sua chefe, daí você terá que ser mais seletiva. O importante é não precisar ver "Cabeção Rafa" na sua agenda (sendo "Cabeção" um grande amigo do seu ex, e "Rafa" o apelido do seu ex).


  • Bloqueie o face dele. Exatamente. Ele não tem mais nada que ver seu face, e você também não quer ver o dele. Se não conseguir ser assim tão radical (ou se a imagem dele entrando no seu face e vendo como você ficou linda com 3 kilos a menos for tentadora demais, apesar de eu te alertar que provavelmente ele não verá), você pode excluir ele dos amigos. Se ainda assim não quiser ("Ai, Diário da Superação, ele vai me achar imatura por ter tirado ele dos amigos!"), ok! Nesse caso, bloqueie o feed de notícias dele e de todos os amigos dele. E NÃO ENTRE NO FACE DELE! Tá entendendo? Você vai plantar bananeira, mas não vai entrar! Vai cantar o hino da Bósnia, mas não vai entrar!

É para evitar essa cara toda vez que você abre sua agenda que você vai excluir ele.

É isso, pessoal! Até as próximas dicas!
Se quiser ver a Parte 1 desse post, clique aqui.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

17/02/2014 - Quando até pra enlouquecer é preciso esperar

Ok, não estou melhorando. E também não estou fazendo de tudo pra melhorar, admito. O certo seria largar tudo que tenha a ver com ele (tipo, o planeta Terra). 

Acordei chorando de novo, e quando comecei a repetir incansavelmente a frase que tinha ouvido ele falar sobre mim (um comentário sem importância, mas que eu transformei num acontecimento cataclísmico), percebi. Eu estava ficando louca.

E o que uma pessoa louca faz? Exatamente, marquei consulta com um psiquiatra. Veja bem: eu apoio todo mundo a fazer terapia com um psicólogo (e eu já faço). Mas quando sua terapeuta te aconselha a procurar ajuda médica para quem sabe tomar um remédio, é porque a coisa não tá tão legal. O problema é que o psiquiatra só atende quarta feira que vem, daqui a 9 dias! Pois é, até pra surtar eu tenho que esperar.

Até lá, acho que vou rasgar dinheiro enquanto danço a Macarena.

Onde está minha cela branquinha e estofada?
  

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

13/02/2014 - Nova tecnologia para bombeiros

Ontem, sonhei que meu ex me sacudia pelos ombros, dizendo "Eu não te amo mais! Consegue entender isso?".
Acordei péssima. Me arranjem um Botão dos Sonhos, por favoooor! Enfim, não dava pra voltar atrás e "dessonhar" aquilo. O que doía é que provavelmente o tema do sonho era verdade. Ele não me ama mais.

Passei um dia beeeeem chato. Lembrando das pessoas que me criticaram sem motivo e injustamente. Lembrando que ele não me protegeu disso. Ao contrário, ele me abandonou por isso, mesmo não concordando com elas. Lembrando (ou melhor, divagando) o que teria sido se não tivéssemos rompido o noivado. Pensava em como seria bom estar casada com ele. Tudo isso enquanto meu lado racional berrava: "Nããão, nãão, não pense essas coisas! A fase de pensar nisso já passou! Volte para a praia, VOLTE PARA A PRAIA!!"

Não voltei. Me afundei no oceano da auto-piedade e caí no choro, no banheiro do escritório. Bombeiros do meu Brasil, para que gastar nossas reservas hídricas e o combustível do caminhão de vocês com o sistema de mangueiras a jato? É só me pegarem, como pegam as mangueiras, e me apontarem para a direção do fogo! Tenho certeza que vou me sentir melhor se toda essa água que eu jorro da cara for usada em benefício da sociedade. O problema é que, se eu me sentir melhor, sairá menos água. Mas daí é só algum bombeiro falar o nome do meu ex-namorado, e garanto a continuidade do serviço.

Levem-me até um incêndio, depressa!!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

12/02/2014 - Gêmeos siameses

Ontem tive que vê-lo. Fui razoável, na medida do possível. Mas hoje, como acontece quando a gente toma uma tempestade no dia anterior, acordei doente.
Queria o abraço dele, queria que ele dissesse que não me esqueceu, e todas aquelas patavinas que eu e vocês já estamos cansados de ouvir!! QUE ÓDIOOO!

Sério, não sei o que fazer. Ver meu ex significa aceitar que estarei pior no dia seguinte, assim como uma pessoa alérgica a gatos ficará bem mal se esfregar um gato na cara 3 vezes por semana. Mas e se a pessoa trabalha com isso?? (ok, não acho que tenha nenhum emprego no qual alguém tenha que esfregar gatos na cara, mas vocês entenderam).

 Se ainda fosse algo do qual eu estivesse disposta a abrir mão, seria mais fácil. MAS NÃO É! Pode ser que eu queira continuar nesses meus projetos só pra ver ele? Sim, pode ser que sim. Mas já me peguei desejando que ele simplesmente saísse dos projetos, para que eu possa continuar neles em paz. Ou seja, também existe o lado (e ele é verdadeiro e real) que simplesmente acha um absurdo eu abrir mão de uma coisa que eu gosto por causa dele, e que quer continuar porque gosta dos projetos e mais nada!

O problema é que esse lado racional que quer continuar pelos projetos está atrelado ao outro lado que quer continuar só pra ver ele, como um maldito gêmeo siamês que é obrigado a continuar grudado com um irmão maluco!! O que raios eu posso fazer???

Escute aqui, Lado que ainda gosta dele: me deixe em paz!!!





terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

11/02/2014 - Como superar o fim de um namoro: PARTE 1

Ontem recebi uma mensagem de uma amiga perguntando "Afinal, o que você está fazendo pra superar?". E decidi criar um post fixo, aqui no Diário: COMO SUPERAR O FIM DE UM NAMORO. Afinal, é pra isso que esse blog serve! Vou colocar coisas que estão ajudando, e adoraria que você que está lendo também colocasse, para apoiarmos umas às outras!!

Colocarei umas 3 dicas por post, e eventualmente (conforme eu for descobrindo coisas novas que ajudam a superar), vou fazendo outros posts, todos com o mesmo nome. Vou intercalar esses posts com outros, então se quiser a lista toda, procure nas postagens as partes (de 1 a infinito, como diria nosso grande amigo Rei do Camarote).

Então, vamos lá!!

COMO SUPERAR O FIM DE UM NAMORO - PARTE 1


  • Escute música!! Mas escolha as músicas certas! Deixar o rádio ligado não é nada bom, porque pode começar a tocar a música do casal e o resultado será o seu vizinho chamando os bombeiros enquanto rios de lágrimas saem como um tsunami da sua janela.

    Se precisar se desintoxicar do passado, escolha uma tarde para ouvir todas as músicas que tinham a ver com vocês dois (não se esqueça de estar usando snorkel quando fizer isso). Depois disso, delete essas músicas para sempre da sua playlist. E quais você vai escutar? Tchãm, tchãm, tchãm, tchããããããm...

    Você vai escutar todas as músicas que não tenham NADA a ver com ele! Exato: aquelas músicas que você adorava e que escutava antes que ele existisse; músicas que lembrem uma viagem ou uma festa que você foi antes de namorarem; e, pra completar, músicas que tenham letras feministas (de "Garganta" da Ana Carolina até "Man, I feel like a woman" da Shania Twain). Essas músicas que passam a imagem de "Ei, mulher, você é poderosa" são libertadoras! Nada de músicas românticas, nada de músicas melosas e, principalmente, nada de Colplay!!

  •  Leia!! Descobri que ler um livro é melhor do que se distrair com um filme, quando o assunto é superar o término de um relacionamento. Os livros podem te acompanhar na bolsa durante o dia, e tirar sua mente do ex-namorado enquanto você está na condução, por exemplo. (Se você tem carro, use a dica anterior! Não vá dizer que sugeri que você lesse enquanto dirige e fui responsável pelo seu nariz quebrado!).

    Eu estou lendo um livro de terror (histórias de terror são ótimas pra quem está machucado por amor, porque dificilmente elas tem casais felizes e melosos. Fantasmas e monstros são uma simpatia pra te ajudar a não pensar no seu amor, pode apostar!!) , um espiritual (qualquer livro que ajude a construir o sentimento de perdão, luz e evolução, que às vezes precisamos nos dias mais raivosos) e um de auto-ajuda (não qualquer auto-ajuda, pelo amor de deus! Um que seja engraçado, leve e sirva para o seu problema). O primeiro é pra distrair, o segundo é pra acalmar, e o terceiro é para quando eu preciso de uma opinião boa sobre o que estou sentindo.

    Não quero usar esse blog pra indicar produtos nem nada, mas preciso falar que o livro de auto-ajuda que está realmente me ajudando é o "Quando termina é porque acabou", do Greg Behrendt e da Amiira Behrendt. Como tive dificuldade em achar, aviso que comprei na Nobel. Ele é bem divertido, tem exercícios pra você fazer, e segue uma linha saudável. Nada do tipo "Como fingir que está bem pra ele voltar pra você". Nada disso! Ele mostra como realmente deixar o passado no passado!

Estou superando, docinho! Smack! 

Por hoje é só, pessoal!! Veja mais dicas em "Como superar o fim de um namoro: PARTE 2".

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

10/02/2014 - "Me dá licença? Meu Pou merece mais atenção que você."

Que ÓDIIOOOOO! Sério, a Raivosa encarnou,  e eu mataria meu ex (e mais alguns) com minhas próprias mãos, se pudesse!

O meu paquera, o "8 mil Km", voltou a falar comigo, mas fui eu que precisei puxar papo. A conversa evoluiu de um jeito super quente (ui!), mas depois parei pra pensar... Quem é esse cara? Eu nem sei se ele tem irmãos, se ele gosta de rock ou pagode, se é alguém que meramente merece que eu esteja ansiosa pra falar com ele! E peralá, as conversas quentes e insinuantes não deveriam vir DEPOIS de eu saber dessas coisas? Mas o medo de perguntar "E aí, você namora sério com alguma mulher? Com algum homem? Com algum animal ou planta?" e ter minhas expectativas quebradas é enorme. Afinal, ele é meu adesivo de nicotina!

Agora meu ex, ahhh, esse tem se superado cada dia mais pra mostrar que um tatuzinho de jardim tem mais sensibilidade que ele!! E a idiota aqui não consegue tratá-lo mal. Sou educada, polida, e entre uma educação e uma polidez, deixo escapar algum comentário que mostra o quanto adoraria que ele me convidasse pra tomar um chá. À MERDA TODOS OS CHÁS!

Ele não vale a poeira da minha melissinha! Acabo de trocar de celular, e finalmente consegui instalar um Pou. Sabe o que eu queria?? Que da próxima vez que meu ex viesse puxar assunto, eu pegasse o celular e falasse: "Desculpa, você está dizendo alguma coisa? Estou ocupada com um ser mais especial que você."

Pois é! Hoje, eu declaro que o meu Pou é muito mais importante que meu ex-namorado e que esse paquera raso do "8 mil km" juntos!

Você sim merece o meu amor, Pou!