segunda-feira, 31 de março de 2014

31/03/2014 - Sobre balanças e alívios

Eu subi na balança do banheiro e franzi a sobrancelha.
Toda mulher gosta de emagrecer, não é? Eu sou do tipo que sempre dou um sorriso quando vejo que estou uns quilinhos a menos.
Mas aquilo não era "uns quilinhos a menos". O que a balança tentava me dizer com aquele número era mais ou menos isso: "Garota, você está sumindo. Eu sei que você queria desaparecer do planeta, mas não literalmente, né? Continue assim e vai virar a Mulher Invisível."
Dei um suspiro e constatei que o último furo do meu cinto estava mesmo folgado. Me esforcei pra tomar café, e duas fatias de pão integral foram tão difíceis quanto escalar o Everest.

Eu tinha finalmente quebrado a abstinência. Saí com um cara muito bonito, com quem eu tinha saído há 3 meses atrás, antes de voltar com meu ex. Agora que eu estou solteira de novo, ele me chamou pra sair novamente, e me convidou pra ir ao apartamento dele. Aceitei. Pelo menos iria matar a vontade física de beijar alguém e outras coisas mais.
Ele era lindo, de cabelos e olhos claros, corpo bonito. Era inteligente e legal. Bem mais bonito que o meu ex. E eu realmente estava com vontade de estar com ele, principalmente depois da primeira cerveja. Conversamos, nos beijamos, e tivemos uma noite muito boa. Ele era doce, carinhoso... Mas não era meu ex.

Ter a vontade carnal satisfeita foi realmente muito bom. Um alívio físico e real. Mas o alívio veio e passou, e o rapaz ainda estava ali. E ainda não era meu ex. Lembrei do quanto eu e meu ex éramos perfeitos nesse sentido, e umas duas lágrimas escorreram. Ainda bem que estava escuro e o moço não percebeu. Me senti patética. Estava na cama de um cara lindo, e estava chorando. Qual era meu problema?

No dia seguinte, fui obrigada a ver meu ex, na reunião do único projeto que eu não larguei. Ele comentou que o primo dele tinha dito que me viu. Não falou nada sobre eu ter colocado o dedo no nariz. Menos mal. O pior é que fui obrigada a ver ele mandando mensagens românticas para a Radioativa. Bom, melhor ver isso do que ser cega.

Mas ainda assim eu fui parar na cadeira do psiquiatra no dia seguinte, explicando que a coisa tá mais difícil do que eu pensava, e que o remédio que ele tinha me passado só tinha servido pra me fazer dormir pelos cantos. Ele passou outro. Vamos torcer pra ser mais eficaz.

"Socorro! Tragam um prato de comida pra ela, por favor!"

sexta-feira, 28 de março de 2014

28/03/2014 - Encontro inesperado

Pu#a que me pariu, parece brincadeira, né? Eu estava saindo do almoço, onde fui comer sozinha. Não tinha ninguém na rua, e eu estava com uma coceira indescritível no nariz. Pensei "Ok, não tem ninguém olhando...dane-se os bons costumes" e enfiei o dedo no nariz com gosto.
-Ei, eu conheço você! - era uma voz familiar.

De repente, quem estava exatamente na minha frente, quase esbarrando em mim? O PRIMO DO MEU EX-NAMORADO! De onde diabos ele surgiu????
- Oi! - tirei o dedo do nariz na velocidade da luz e abri um sorriso amarelo. - Como você está?
 Foi uma conversa típica de "como anda a família?, você trabalha aqui perto?, olha só trabalhamos pertinho e blábláblá". E eu querendo morrer. O auge da trama grega foi quando ele falou que estava fazendo academia do lado do escritório onde eu trabalho. Pois é, uma academia que eu tinha acabado de me matricular, com o intuito de gastar minha tristeza na esteira e não pensar em nada que tivesse a ver com meu ex.
- Que legal! - ele disse - Podemos ir pra academia juntos!
-Claro! - respondi, enquanto pensava "Prefiro tomar cicuta".

Nos despedimos, e agora estou procurando um buraco no chão pra enfiar a cabeça. Já posso imaginar ele falando pro meu ex: "Nossa, você não sabe quem eu encontrei! A Fulana! Ela estava descabelada, feia e, você não vai acreditar, enfiando o dedo no nariz! Que nojenta!".

Eu sei. A essa altura do campeonato, eu deveria estar pouco ligando para o que o primo dele ou ele pensam de mim. Aliás, devia até limpar a sujeira do meu nariz nele (ergh!). Mas tanto eu quanto você sabemos que eu ainda não estou nesse nível de superação, de não me importar mais com nada. Tanta gente pra encontrar, em tantas situações, e eu precisava esbarrar justo com o primo dele enquanto estou limpando o nariz???

Se até a realeza foi flagrada assim, quem sou eu pra me envergonhar?

quinta-feira, 27 de março de 2014

27/03/2014 - "Todo dia ela faz tudo sempre igual..."

É sempre a mesma coisa. Acordo tremendo, com um vazio gigante em alguma parte entre a garganta e o útero. Me viro na cama, bagunço as cobertas e tento insistir pra ficar deitada mais 5 minutos, torcendo para aquele desespero passar. Não passa, e eu sou obrigada a levantar para não me atrasar.

Tomo um banho, e a coisa parece ficar menos pior. Mas ainda sinto como se algum órgão muito importante faltasse e eu precisasse de um transplante urgente. Vou para o trabalho, e passo o dia inteiro tentando me convencer de que acabou, tentando fazer a mente ficar um pouco mais calma, lendo livros de auto-ajuda pelas conduções da cidade.

Volto pra casa, me arrumo pra deitar. E sinto que já estou melhor. Mais tranquila. Afinal, passei o dia todo falando comigo mesma, dizendo que ele é um babaca e que eu mereço coisa melhor. Demoro pra dormir. Não lembro o sonho, mas acordo tremendo, com um vazio gigante em alguma parte entre a garganta e o útero... E assim vai, num looping infinito.

Sério, me sinto presa no Dia da Marmota (alguém já viu esse filme? Acho que se chama "Feitiço do Tempo").  Entre Chico Buarque e Luiza Possi, eu vou repetindo esses ciclos sem fim de dor e resignação. Que saco!

Fiquem com uma música linda que traduz exatamente a rotina da superação.


quarta-feira, 26 de março de 2014

26/03/2014 - Taça cheia, taça vazia...

- COMO ELE PODE?? - era eu, gritando - Como ele pode sequer PENSAR em namorar sério com outra menina? E o que ele sente por mim? E tudo que ele dizia sentir, pra onde foi? Se divertir com outras e sair sem compromisso, eu até entendo. Mas NAMORAR? COMO?

Minha amiga me ouvia gritando "COMO PODE?" com uma paciência extraordinária. Ele ainda não estava oficialmente namorando, mas era isso que dava a entender, pelo que eu escutava por aí. E estava desabafando com essa amiga, que olhou para mim com carinho e disse:

-A taça dele está vazia. Por mais que ele ainda sinta alguma coisa por você, ele escolheu botar uma pedra nisso. Ele esvaziou a taça, e assim ficou receptivo para a chegada de outra pessoa, de um relacionamento novo. Não quer dizer que ele esqueceu tudo, ele só deixou ir, para receber outra coisa.

Ela esperou eu assimilar, e depois continuou:

-Sua taça ainda está cheia do seu sentimento por ele. Por isso, qualquer pessoa que vem até você, transborda e escorre pelos lados. Tudo será uma desculpa pra pessoa não ser tão perfeita quanto ele era, porque você ainda está tomada por isso. Não tem como você gostar de alguém, se apaixonar ou namorar sério agora. É por isso que, pra você, é tão absurdo que ele consiga estar com alguém.

Fiquei olhando pra ela, embasbacada. Então é isso? Toda a minha dor pode ser resumida pelo fato de eu ser uma taça transbordando?
Ela estava certa. Nenhum homem que se aproximasse de mim teria chance de encher minha taça (por mais estranha que essa frase seja, e por mais duplo-sentido que ela tenha, agora que analisei direito).


Estou cheia de você! Onde tem uma pia, pra eu jogar isso tudo fora???????



terça-feira, 25 de março de 2014

25/03/2014 - Pensamentos embalados em dor-de-cotovelo

Às vezes eu me pego pensando nas nossas brincadeiras. Em tudo que éramos. Daí já me vem na cabeça ele fazendo brincadeiras com a Radioativa, e apresentando ela aos amigos, à família... A namorada dele. A nova namorada dele. Pensar nisso dói como uma faca incandescente sendo enfiada no meu peito várias e várias vezes.

Imagino aqueles que foram contra a gente falando algo como "Aaahhh, agora sim", só porque ela não sou eu. Só porque ele ainda não quer casar com ela. E quando ele quiser, será que eles serão contra de novo? Nem consigo pensar nisso, porque a imagem dele querendo casar com ela dói o suficiente pra ofuscar qualquer porcaria de tentativa de imaginar qualquer merda de coisa. E, pra ser sincera, por que eu estou me dando ao trabalho de pensar nisso?

Sinto como se tivesse voltado lááá pra primeira semana de superação, logo depois do término. Para aqueles tempos onde eu não conseguia dormir à noite, e depois não conseguia ficar acordada justo quando precisava fazer algo importante (como trabalhar). Para aquela época em que eu acordava tremendo, sem saber o porquê, já que não era de frio. Para a época em que toda comida parecia muito bonita, mas só pra olhar, nunca pra comer.

Pois é, voltei. Quantos altos e baixos eu ainda posso ter, antes de finalmente esquecer? Não achei que era possível voltar tão pra baixo, assim. Mas a montanha-russa da superação tem grandes quedas, e só me resta torcer para que eu suba mais rápido do que da outra vez.

Ele está com ela. Céus, como isso dói!!


segunda-feira, 24 de março de 2014

24/03/2014 - E a realidade vem me bater...

Se eu estou sentindo dor? Minhas mãos tremem. Meu estômago embrulha. Tudo parece enevoado, como se eu estivesse prestes a desmaiar a qualquer momento.

Não, ainda não tem "namorando" no face dele. Mas ele está levando a Radioativa pra todos os lugares. Nossos amigos em comum falam dela pelo nome. Ela já tem amigos íntimos dele no facebook. E eu não vou esperar ele colocar "namorando" pra ter um ataque agudo ao miocárdio na frente do computador. Isso já foi longe demais.

É isso. Vou sair dos nossos compromissos em comum. Pois é, vou largar o que amo, vou largar o emprego. Só vou manter um, que não posso realmente largar. Mas já vai ajudar. Já é hora de parar de dar conselhos e começar a seguir os malditos conselhos. "Saia de tudo que tenha a ver com ele". Não é tão difícil.

O que é difícil é abraçar a superação de vez. É admitir que NÃO, não há nenhuma chance de voltarem. Que NÃO, não há nada a se fazer pra isso. Que NÃO, NÃO E NÃO!!! Gritar "NÃO" para todos os órgãos do meu corpo, todos os poros da minha pele, cabelos, pelos, dentes...

Porque tudo em mim quer uma coisa que não posso ter, que não devo ter, e que, porra, NÃO MEREÇO TER! Mereço mais. Muito mais.



Não adianta achar que fará sol só porque quero que faça. É chuva que é a realidade, é chuva que temos, é chuva que tenho que enfrentar, querendo ou não. E é a chuva que faz a vida voltar, afinal.

sexta-feira, 21 de março de 2014

21/03/2014 - A morte do cavalheirismo no mundo!!

Sinceridade, acho que eu joguei pedra da cruz, atrapalhei a meditação de Buda, usei o Alcorão como peso de porta. Alguma coisa muito grave eu fiz!

Acreditem vocês que eu estava ontem saindo do trabalho pra encontrar o Fortão... Retoquei a maquiagem, arrumei o cabelo, saí toda linda e glamourosa. Dane-se o Glasgow 3! Sou mais eu e vou beijar um cara lindo, inteligente, romântico e... "Já estou voltando pra minha casa". Era a mensagem do Fortão.
Acuma??? A gente não ia se encontrar??

Enquanto tentava falar com ele, minha chefe amaldiçoada (mulher ruim!!!) me liga, sendo mais falsa que peito de mulher do BBB, falando umas coisas que me tiraram do sério. Desliguei, e vi que o lindo queria que eu fosse até onde ele estava (pegar metrô, fazer baldeação, pegar trem), no sentido extremo e oposto da cidade, encontrar com ele NO CARRO DELE e depois voltar DE TREM para a minha casa, que é no outro extremo oposto da cidade, tarde da noite. Ele estava parado na estação de trem, me esperaria lá, e depois iria pra casa dele, que é lá perto.

Eu estava tão maluca que fui indo pra lá, quando parei e pensei... PERALÁ! Que p*rr@ é essa???  Recuperei a sanidade e disse que não dava. E deixei claro que achei a situação um tanto quanto errada. Ele pediu mil desculpas, falou coisas bonitas... E hoje mandou mensagem. Mas, diferentemente dos outros dias (quando eu contei mais de 500 mensagens diárias, sem exagero, sendo mais de 100 antes das 10h da manhã), ele demorava mais de uma hora pra responder cada mensagem. Chega. Mandei um "Não vou te atrapalhar, beijo delicioso" e desliguei a droga do whatsapp.

QUEM ESSES HOMENS ESTÃO PENSANDO QUE SÃO?? De verdade, será que não existe um cara no mundo que tenha a decência de saber como tratar uma mulher? O que eles acham, que é só falar coisas bonitas que iremos até eles como pizza em delivery? E DE TREM??? Ahhh, dai-me paciência!


quinta-feira, 20 de março de 2014

20/03/2014 - Manhosa até o talo!

Ok, minha carência e manha alcançaram níveis estratosféricos hoje.
Tenho vontade de gemer, de ser abraçada, de ser acolhida... Domingo é o aniversário de uma amiga minha em comum com meu ex, e eu já estou tendo pesadelos dele levando a Radioativa pra festa. 
Eu não vou. Ir na festa está fora de questão. Mas e o medo de ficar sabendo que ele levou a menina, apresentou pros amigos...? E o medo de começarem a tratar ela como namorada dele?

Enquanto isso, o Fortão que eu comentei no post passado quer me ver hoje. E eu não consigo fazer minha cabeça calar a maldita boca, que fica repetindo sobre a situação atual do relacionamento dele. E também não tenho coragem de perguntar: "E aí, você acha que sua namorada (porque eu não considero que ela seja ex) vai me odiar muito se eu enfiar a língua na sua boca??"

Sinceramente, alguém me dá uma passagem pra Conchinchina? 

Prometo que amanhã eu volto pra falar do que deu a saída com o Fortão. Quero que se lembrem que eu não beijo um cara há ... (indo no post da balada, este aqui, pra ver quanto tempo faz..) ... 1 mês e 3 semanas. Só isso??? Achava que eram anos!! Enfim. Conto tudo pra vocês, depois!! >.<

Me ame!!!

terça-feira, 18 de março de 2014

18/03/2014 - "O mundo está ao contrário e ninguém reparooou..."

AH, MEU DEUS!! Ah, meu deus, ah, meu deus, ah, meu deus...

Ok, respira. Ontem, como vocês podiam ver (ler), eu estava muito triste. Desanimada. Cinza. Com uma dor de cotovelo absurda pelo Glasgow 3 estar desfilando com a Radioativa. Mas, para minha surpresa, comecei a conversar via whatsapp com um cara que conseguiu fazer meu dia ficar melhor.

Primeiro, porque ele tem os braços mais bonitos do universo. Eu sei, estou no celibato, e isso pode fazer qualquer coisa parecer irresistível. Mas não estou falando de sexo, apenas da verdade incontestável de que qualquer garota hetero babaria ao ver o braço do cara de quem estou falando. Ele consegue me levantar com um braço só! Sem contar nos olhos azuis, no cabelo loiro e na cara de homem de verdade.

Segundo, ele realmente disse coisas lindas. Me fez sentir bonita, me proporcionou varias risadas e conversas muito interessantes o dia inteiro. Acordei hoje com uma mensagem de bom dia tão maravilhosa que fez meu ar faltar. A diferença entre o jeito que eu estava quando acordei ontem e quando acordei hoje era palpável. Acordei pensando em como a vida é engraçada e tendo a certeza que eu posso voltar a ser feliz.

MAS TEM UM (na verdade, vários) PROBLEMAAA! Primeiro: ele é amigo do meu ex!
Calma, não é amiiiiigo, amigo. É um conhecido. Mas eu o conheci através do meu ex, e todas as vezes em que eu o vi, foi porque estava com o Glasgow 3, que o cumprimentava muito amigavelmente, batiam um papo rápido e falavam coisas do tipo "Pô, tô devendo uma visita para sua turma" e coisas do tipo (visita essa que nunca acontecia). Mas tenho uma defesa!! Eu já via esse moço nos eventos, antes de namorar o Glasgow. Nunca tinha trocado a palavra com ele, mas enfim...

Segundo, ele é mais novo que eu (que novidade, não?? Eu deveria ser presa por isso! Que mania de se interessar por caras mais novos!). Tem outros poréns que eu nem vou citar, mas que envolvem eu me contorcendo e me achando a pior pessoa do universo - incluem o fato da ex dele, que é ex há pouquíssimo tempo, ser a pessoa mais querida de todas no grupo de amigos deles. Não, eu não conheço ela!!! Só faltava isso! Mas sei que ela é linda de morrer e que todos a adoram. E com certeza ela me odiaria bem mais do que eu odeio a Radioativa, se eu tivesse alguma coisa com ele.

É isso. As coisas poderiam ser mais simples. Mas nããããão... >.<

Tá tudo erradooooooooo!!

segunda-feira, 17 de março de 2014

17/03/2014 - Viagem no tempo

E lá estava ela. Com seus cabelos de cor irreal, linda e (ai, Deus) me fazendo ter vontade de ter um aneurisma e morrer, só pra não precisar mais olhar pra cara dela. Pois é, gente!! A RADIOATIVA VOLTOU! Uhuu! Não é o máximo? Não é de querer arrancar os olhos da cara de tão lindo?

Sim, a ficante do meu ex-namorado, que me fez quase surtar no começo do ano, estava lá, no evento do grupo que eu tenho em comum com meu ex. Isso significa o quê? Que estão ficando há 3 meses? Na minha cabeça, eles já estão namorando sério (apesar do face não dizer isso... eu sei, eu olhei!! Transgredi todas as regras!). Mas ele pode ter bloqueado essa informação pra mim, não pode? Ai, céus, tenho certeza que estão namorando sério! Ele a tratava como tal. Eles estão namorando, e vão casar amanhã, e terão filhos semana que vem, e netos até abril!!!

E eis que eu volto no tempo. Para o dia que queria matar os dois (esse aqui) e para o dia que tentava me convencer de que estava exagerando (esse aqui). Fui diplomática, fugi dali o mais rápido que consegui e, quando já estava longe do fogo, chorei. Nossa, que inovação no enredo! ¬¬'

Foi então que percebi. Vou ficar patinando no mesmo lugar até tomar coragem de sair de todos os trabalhos que envolvam ele. Vai me fazer perder dinheiro, vai me afastar dos meus amigos, vai me tirar de algo que eu amo fazer.... Mas que outro caminho posso seguir? É da minha saúde mental que estamos falando! Vou ficar tendo que ver isso e sofrendo até quando?

Pelo menos, achei que fiquei menos pior do que na primeira vez. Ou será que já estou ficando meio anestesiada de novo? Não sei de mais nada, de verdade. Só queria não viajar mais no tempo. Queria ir pra Tasmânia.

Vamos bem para trás para consertar tudo, ou bem pra frente para esquecer tudo. Mas não para janeiro, por favor!



sexta-feira, 14 de março de 2014

14/03/2014 - São as águas de março fechando a droga do verão...

Gente, eu não quero dar uma de emo por aqui, e não quero mesmo deixar vocês pra baixo... Mas, mas...

AAAAAAHHHHHHHHH!!! Enquanto escrevo isso aqui, tenho que tomar cuidado pra não molhar a droga do teclado, porque está saindo litros dos meus olhos. Ele me tratou mal de novo. Foi indiferente. E ao invés de mandar pros quintos dos infernos, eu estou aqui chorando copiosamente. É isso. Voltei a chorar.

E A PORCARIA DA CULPA É TODA MINHAAAAA! Eu, que intimamente fiquei feliz por ter recebido um contato dele, mesmo sem admitir. Eu, que nutri esperanças. Eu, que não tomo o caminho mais fácil de sair de todo e qualquer projeto que tenha a ver com ele, mesmo que isso signifique largar tudo.  Por que você está fazendo isso comigo (falando com o espelho)?? Sério, você me odeia? Por que não facilita pra mim, me fala??? Poxa, as coisas já estão tão duras pra gente, e você toma os caminhos mais difíceis!!!

Nossa, que ódio, que dor, que tristeza infernal! Alguém pelo amor de todos os céus, enfia uma mão no meu peito e tira isso!!! Melhor, me dá uma paulada na cabeça, me faz esquecer ele e todas as pessoas que tenham a ver com ele! Uma paulada na cabeça, vamos lá! Alguém se habilita?

Com licença, vou chorar aqui, tudo que eu precisar. E algo me diz que vai ser bastante. Águas de março, águas de março... Tragam alguma promessa de vida pro meu coração, porra!!!





quinta-feira, 13 de março de 2014

13/03/2014 - Come back! Come back!

É isso. Estou em cima de um maldito iceberg, congelando e gritando "come back!", igualzinho a Rose do Titanic. Não, não estou pedindo que meu ex volte (apesar de querer isso... merda de vida). Estou pedindo que minha fase de não me importar volte!!! Por que ela teve que ir embora??

Eu ADORARIA que esse post fosse sobre "Como superar o fim de um namoro: parte 3". Juro que adoraria. Mas me sinto tão INAPTA a dar dicas sobre superar quanto me sinto inapta a colocar a perna atrás da cabeça. Vou explicar:

Eu estava ok. Como vocês leram, não sentia nada. Daí, fiquei com vontade de sexo. Então me virei como podia, e a vontade até que passou. No dia seguinte, voltei a ficar triste. Voltei a pensar nele. Voltei a olhar pra ele com vontade de suspirar. PORRA!!! Por quê???? Eu não estava na fase de não sentir nada? Apesar dessa fase ser estranha, estava muito melhor não sentindo nada do que sentindo falta dele! Volte, volte pra trás!!! Volte, fase de "cara de Lula Molusco"!

Alguém pode me explicar o que deu errado?? Será que foi o fato de eu ter me "aliviado", depois do desespero sexual? Fiz isso sozinha, um alívio físico e razoavelmente bom. Mas quando terminei, fiquei pensando "Poxa, não tem como simular a parte do ficar de conchinha, né?". E então, acordei deprimida no dia seguinte. Não sei se foi reflexo disso, ou se é de novo o lance de boomerang que eu já tive várias vezes: fica normal, fica triste, fica saudosa, fica com raiva, fica indiferente, fica saudosa de novo...

Alguém sabe como fazer isso parar?? Enquanto isso, vou continuar pedindo para a fase da indiferença voltar e me tirar desse frio. Brrr...

Volta, caramba! 

terça-feira, 11 de março de 2014

11/03/2014 - Sexo na superação

Seria muito hipócrita da minha parte se eu não falasse sobre o sexo na superação. É por esse e outros motivos que sempre fiz questão de manter o anonimato - posso falar sobre questões constrangedoras sem medo de ser exposta. Obviamente eu ficaria com muita vergonha de postar isso aqui se tivesse meu nome no post. Mas não é esse o caso, então eu me dou o direito de me abrir sem medo com vocês...

TÁ FODAAAAAAA! Ou melhor, "foda" é a única coisa que não está, né? Já que não sei o que é isso há meses. Nem são tantos meses assim, mas está complicado. O que me fez sair do estado de letargia de ontem foi isso: a absurda vontade de ter meu ex-namorado. Não, não estou querendo que ele venha falar que me ama. Só queria o alívio carnal que eu tinha com ele. Não fiquei com mais ninguém desde que terminamos.

O problema é: não sou o tipo de mulher que consegue transar com um cara de quem eu não gosto. Se eu fosse, minha vida seria muito fácil. Mas eu quero o envolvimento, a paixão. Sexo não tem graça nenhuma sem essas coisas. E apesar de já estar bem mais desencanada e já nem saber se ainda gosto dele, eu ainda sinto a maldita vontade física de querer ele. E só ele. Não adiantaria nada um cara lindo de morrer vir me dizer que será meu escravo sexual (ui!). Não. Eu quero ele.

A capacidade que algumas pessoas (incluindo eu) têm de associar o amor ao prazer é linda, mas pode dar muito problema.  Se eu só consigo ter um bom sexo com quem eu amo, como vai ficar a história?? Pode demorar anos até eu me apaixonar de verdade por outra pessoa! O que eu vou fazer até lá? Subir pelas paredes como o Homem-Aranha??

Essa é outra coisa que uma pessoa que quer superar tem que entender: você vai sentir falta do seu ex, de todas as formas possíveis. Além de encarar a saudade emocional (o carinho, a voz, o comprometimento, e etc), você também tem que encarar a saudade física (a pele, o cheiro, o jeito que a pessoa te tocava e etc).
Eu sinceramente não sei qual das duas vontades é pior de superar. Acho que a emocional, porque traz junto uma dor e uma tristeza muito grande. Mas a saudade física também é osso duro de roer! Porque, por ser física, você sente no seu corpo! É palpável, é real, como dor de fome ou vontade de ir ao banheiro.

E não, não adianta seguir o conselho de amigas, que acham que um vibrador pode dar jeito na história. Mas, infelizmente, acho que é a única saída.

Só mesmo muito tempo na seca pra fazer alguém subir pela parede assim...

segunda-feira, 10 de março de 2014

10/03/2014 - A arte de não sentir nada

Estou estranha. Na verdade, não sei dizer em que pé está meu processo de superação.

Eu ainda gostaria que ele viesse me pedir pra voltar, ainda me sinto atraída por ele... Sinto mesmo?? Porque também sinto um "foda-se" tão grande, que nem sei o que está se passando aqui dentro. Estou vazia. Não um vazio ruim, daqueles que eu sentia quando tinha saudades dele. Um vazio vazio, mesmo. Não me sinto feliz, mas também não estou triste.

Na verdade, acho que tive tantas emoções e sentimentos nos últimos meses que devo ter gastado todos. E agora não sobrou nada pra sentir. Acho que se, nesse minuto, ele viesse dizendo que me ama perdidamente, eu ficaria olhando pra cara dele sem mexer um músculo do rosto. E talvez dissesse "Ah... ta bom.", com a mesma empolgação que eu teria se me falassem sobre o mercado de ações. Alguém já sentiu isso? É normal esse estado, quando se está superando um término? É positivo (pois estou esquecendo) ou negativo (por estar feito um zumbi)???

O preocupante é que estou assim PARA TUDO. Não apenas pra ele. Tudo à minha volta parece algo distante e que não tem nada a ver comigo. Não sinto nada por coisa alguma.

Acho que essa é a cara que eu faria para qualquer coisa que me dissessem


Fiquem com uma música perfeita para a ocasião.




quinta-feira, 6 de março de 2014

06/03/2014 - Essa sou eu???

Acordei, e não pensei nele. Não. A única coisa que pensei, na verdade, foi que queria poder dormir mais.
Depois de me arrumar para o trabalho, liguei o whatsapp para ver o que o meu paquera tinha respondido da nossa conversa de ontem.

Lembram do meu paquera, que eu apelidei  de "8 mil Km"? Se não sabem de quem estou falando, cliquem aqui. Pois bem. Meu paquera que está no estrangeiro, mas que continuou falando comigo e trocando mensagens provocativas via whatsapp, apesar de nunca termos nem ao menos saído pra tomar um chá.

Daí, vejo que sim, tinha recebido resposta do 8 mil km. E também tinha recebido mensagem de grupos. E também tinha recebido mensagem do meu ex- namorado.

...
COMO É QUE É??????

Sim, foi isso que senti na hora. Um "Ãh, será que eu tô vendo direito??", que me fez esfregar meus olhos achando que eu não tinha acordado ainda. Mas o que me fez ficar realmente orgulhosa foi o que aconteceu no momento seguinte: eu constatei que sim, tinha recebido mensagem do meu ex, e não fiquei empolgada nem nervosa. Na verdade, ignorei e abri primeiro a mensagem do meu paquera. Depois, abri a mensagem do grupo. E então, por último, abri a mensagem dele. Era apenas uma palavra, e eu realmente não entendi absolutamente nada do que aquilo significava.

E aí vem o outro motivo de orgulho: ao invés de ficar "Ai, meu deus, ele me mandou mensagem! Ai, meu deus, o que será que isso quer dizer? Ai, meu deus, o que será que eu faço??", eu agi como agiria se qualquer pessoa tivesse me dito algo que não entendi. Fiz careta e mandei um "Não entendi".

Bom, continuo sem entender o que aquela mensagem significava. E continuo não me importando. O que será que houve comigo???

Pois é. E eu sou mais poderosa que a Anitta, meu bem. Porque tenho vontade de superar.

quarta-feira, 5 de março de 2014

05/03/2014 - Carnaval de Pierrot

E aí, como foi o feriado de vocês? O meu foi...bem... ok. Viajei, e a viagem foi realmente muito gostosa. Mas não saí pra dançar, festejar, beijar na boca nem nada disso. Nada que o clima do Carnaval pede.

Apesar de eu ter conseguido descansar, ficar vendo suas amigas e parentes com o namorado, enquanto você precisa pegar ônibus de viagem mais sozinha que azeitona em empada é dose. Fico me perguntando quando é que isso tudo vai passar. Tá realmente muito complicado.

Mas lembrei que até no Carnaval tem alguém que compartilha dos nossos sentimentos: o Pierrot, personagem antigo do carnaval da Itália e da França, que nasceu na Commedia dell'Arte e ficou famoso por conta da sua tristeza pelo amor não correspondido da Columbina.

Se até no meio da folia a gente acha um companheiro de causa, é porque não sou MESMO a única a passar por isso. Juntemos nossas forças para festejar, nem que o motivo da festa seja o fato de não estarmos sozinhas.

Para provar que não sou a única de jeito nenhum, acabei achando um blog de alguém que também lembrou de Pierrot e fez um texto muito bom sobre superação: http://olhosinquietos.blogspot.com.br/2012/02/pierrot.html

É, eu sei. Aquela v@c* da Columbina te magoou... Toma uma cerveja, amigo.